Protagonismo negro com CARA E CORAGEM!
Na nova novela das 7, os personagens Clarice (Taís Araujo), Ítalo (Paulo Lessa), Leonardo (Ícaro Silva) e Martha (Claudia Di Moura) são ricos, bem-sucedidos e ocupam papéis de destaque.
O protagonismo negro em Cara e Coragem, mostrado por meio dos personagens Clarice (Taís Araujo), Ítalo (Paulo Lessa), Leonardo (Ícaro Silva) e Martha (Claudia Di Moura), foi muito bem recebido pelo elenco da trama e pelo público, pouquíssimo acostumado a ver atores pretos em papéis de destaque e com excelente condição financeira.
No núcleo da família Gusmão, proprietária da Siderúrgica Gusmão, a SG, está o clã mais bem-sucedido da trama.
A matriarca Martha, personagem vivida por Claudia di Moura, assume os negócios da família após a morte misteriosa de Clarice, interpretada por Taís Araujo. Martha também é mãe do caçula Leonardo e é uma mulher bem resolvida nos negócios e no amor.
Para a atriz, a oportunidade de interpretar uma mulher como Martha na TV representa uma vitória:
“Martha tem riqueza material, empoderamento emocional, é uma mulher que leva uma vida sem medo. Essa família Gusmão é rica de nascença. 56% do povo, o meu povo preto, vai dizer: ‘eu quero estar refletido nessa mulher’.”
“A família Gusmão é a encarnação de uma justiça social que a gente não vê, mas vem reivindicando. A sensação que tenho é que estamos vivendo um novo tempo. Isso é um marco no audiovisual”, celebra ela.
Intérprete de Ítalo, Paulo Lessa é só gratidão com seu primeiro protagonista. O ex-segurança de Clarice e amante da empresária tem formação no exterior e uma carreira de muitas conquistas, o que o torna uma referência.
“Cara e Coragem quebra estereótipos quando põe um protagonista negro, bem-sucedido, que não é superficial”, analisa Paulo.
“Interpretar o Ítalo vem carregado de responsabilidade. Eu não tive um Ítalo na minha vida, uma referência pra me espelhar. Sabemos da força que as novelas têm, como influenciam a vida de muita gente, então, fico pensando na força que tem esse personagem”, completa o ator.
Autora da trama, Cláudia Souto espera avançar no quesito representatividade:
“Esperamos mudar a visão. Não é revolucionar, mas é dar um passo adiante.”