Racista é detida em flagrante, no Rio de Janeiro

Foram cinco horas para resolver uma situação de racismo. Mas a jovem Nathalia Hybner, branca, foi incansável para denunciar o que presenciou na quinta-feira (05). Estudante do 7º período de Direito, ela seguia para a aula, quando passou no Norte Shopping, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para trocar uma roupa. Já na saída, parou onde há uma obra em andamento. Pelo barulho, Lígia, uma mulher negra que estava ali, ao telefone, falava alto. Outra mulher passou, olhou para a que estava ao telefone.

 

“O que é, está gritando comigo cara por quê?”, indagou a agressora.

 

“Não estou gritando com a senhora, estou falando ao telefone, desculpe”, respondeu, gentilmente, a vítima.

 

“Você está maluca? Maca, macaca sim, mal educada!”, seguiu a agressora.

 

As pessoas ao redor intercederam e disseram que a agressora deveria ser presa. Ela, então, entrou de imediato no shopping. Nathália chamou os seguranças e explicou a situação. A essa altura, a mulher estava escondida no banheiro.

 

Ao sair, foi abordada pelos seguranças – negros – e levada à cabine da Polícia, na área externa. No caminho, Nathália começou a gravar e foi agredida. A mulher ainda insultou os seguranças, perguntando s estavam com raiva porque eram negros.

 

A agressora foi encaminhada à 23ª DP do Méier, mas lá não havia delegado. Foram, então, para a 21ª DP, onde funciona a Central de Flagrantes, em Bonsucesso. Lá foi feito o procedimento e a agressora foi detida.

 

“Ela está presa, foi feita a prisão em flagrante. Ela tem direito a pagar fiança e assim, ser liberada. O sistema faz de tudo para que a gente desista. A situação aconteceu por volta de 17h e já era 22h quando cheguei em casa. As pessoas diziam pra deixar pra lá, que ela era maluca. Não, não é! Mesmo que ela pague fiança, ela foi fichada! Ela é racista!”, disse Nathália.

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