O racismo ainda mancha o futebol, mas a luta contra ele ganhou um novo reforço no sábado (15). A campanha Recife sem Racismo, iniciativa da Prefeitura do Recife por meio da Secretaria de Direitos Humanos e Juventude, chegou aos estádios com um objetivo claro: conscientizar e mobilizar jogadores, torcedores e a sociedade contra a discriminação no esporte. A estreia foi no clássico entre Santa Cruz e Sport, levando a mensagem de igualdade diretamente para o campo.
Antes da partida, representantes da campanha, atletas dos dois times e ativistas antirracistas se reuniram para debater a importância do combate ao racismo no futebol. Em um gesto simbólico, os jogadores entraram em campo segurando uma faixa da campanha, reforçando o compromisso do esporte com o respeito e a diversidade. A mascote Méry Cristina, personagem oficial da Prefeitura do Recife, também marcará presença na mobilização.
A campanha surge em um momento importante, inspirada em casos recentes, como o do atacante Luighi, do time Sub-20 do Palmeiras, que foi alvo de ataques racistas durante uma partida da Libertadores. “O futebol é paixão, mas precisa ser um ambiente seguro e respeitoso para todos. Queremos conscientizar e mostrar que não há mais espaço para racismo dentro e fora dos estádios”, destaca o secretário de Direitos Humanos e Juventude do Recife, Marco Aurélio Filho.
O presidente do Santa Cruz Futebol Clube, Bruno Rodrigues, reforça a necessidade de combater a discriminação. “O futebol deve unir, não dividir. É essencial que torcedores e atletas se sintam respeitados. A campanha Recife sem Racismo traz essa mensagem e estamos juntos nessa causa”, afirma.
Além de conscientizar, a iniciativa também facilita a denúncia de casos de racismo, divulgando a plataforma disponível no Conecta Recife ou pelo link semracismo.recife.pe.gov.br. O canal permite que vítimas ou testemunhas registrem ocorrências de forma segura, garantindo que os casos sejam devidamente apurados.
Com essa mobilização dentro dos estádios, a campanha reforça a urgência de um futebol mais inclusivo e acolhedor. Porque o esporte deve ser uma celebração da diversidade, e nunca um espaço para o preconceito.
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