Réu por racismo contra Taís Araújo é foragido da Justiça por homicídio
Celso Henrique de Oliveira Yamashita, empresário que recentemente se tornou réu por racismo contra a atriz Taís Araújo, já possui um histórico criminal significativo. Condenado por homicídio em 1993, ele é atualmente considerado foragido da Justiça brasileira.
Condenação por Homicídio
O crime pelo qual Yamashita foi condenado ocorreu em agosto de 1993, quando ele tinha 27 anos. O incidente aconteceu em Rio Preto, interior de São Paulo. De acordo com os autos do processo, Yamashita surpreendeu a vítima com disparos, impossibilitando qualquer chance de defesa. Defendido pela Defensoria Pública, ele enfrentou várias tentativas de localização sem sucesso. Em 2009, foi condenado a 10 meses e 20 dias de reclusão por homicídio, mas nunca cumpriu a pena.
Após o crime, Yamashita mudou-se para o Japão. Em 2019, após 19 anos foragido, conseguiu regularizar temporariamente sua situação com a Justiça brasileira por meio de um habeas corpus. Contudo, um recurso do Ministério Público de São Paulo resultou na revogação do habeas corpus, tornando-o novamente um fugitivo.
Situação Internacional
Desde 2014, Brasil e Japão possuem um acordo de transferência de pessoas condenadas, e em 2024, assinaram um tratado de cooperação no combate a crimes. Para que Yamashita seja detido, a Justiça brasileira precisa solicitar sua extradição. A prescrição da sentença de Yamashita está prevista para agosto do próximo ano.
Racismo Contra Taís Araújo
Em abril de 2022, Yamashita enviou mensagens de cunho racista contra a atriz Taís Araújo em um grupo do Condomínio Residencial Gaivota I, em Rio Preto, São Paulo. Durante o período eleitoral, a atriz havia publicado um vídeo contra a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas mensagens, o empresário criticou a posição da atriz insinuando que, se não fosse pela Lei Áurea, pessoas negras não poderiam emitir suas opiniões.
Yamashita foi denunciado ao Ministério Público por outro integrante do grupo e se tornou réu por discriminação e preconceito de raça e cor em abril deste ano. Em sua defesa, ele argumenta que as mensagens foram enviadas como uma brincadeira.
Em entrevista ao Uol, Yamashita negou residir no Brasil e afirmou que estava no grupo do condomínio devido aos seus filhos, que estão no país para estudar.