Reparação histórica e inteligência artificial estão entre os principais temas da quarta sessão do Fórum Permanente de Afrodescendentes, que ocorre em Nova York até 18 de abril
Nova York, 14/04. Especial para o site da Revista Raça. Reparação histórica e inteligência artificial estão no centro dos debates da quarta sessão do Fórum Permanente sobre Afrodescendentes da ONU, que acontece até sexta-feira (18/04), em Nova York, com eventos oficiais e paralelos.
Com o plenário quase completo, representantes de governos, organizações da sociedade civil e ativistas independentes reafirmaram o compromisso de aprofundar o diálogo para garantir os direitos humanos das populações afrodescendentes em todo o mundo.
Na abertura da 4a Sessão do Fórum de Afrodescendesntes das Nações Unidas, o presidente da Assembleia-Geral da ONU, Philemon Yang, além de reforçar a importância do encontro, destacou que os esforços por reconhecimento, justiça e desenvolvimento devem ser redobrados, na segunda Década Internacional de Afrodescedentes. Segundo ele, a primeira década foi um passo importante, mas não suficiente para enfrentar os horrores do passado e o legado persistente e sofisticado do racismo.
“O término da primeira década foi um momento para refletir sobre os avanços e reconhecer que muito mais precisa ser feito. A segunda década será central, mas dependerá de compromisso e ação coordenada. O Fórum é essencial nesse processo. Vamos fortalecer nossos esforços para assegurar os direitos humanos e renovar o compromisso de erradicar o racismo em todas as suas formas e lugares”, declarou Yang.
*A ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, apresentou uma fala protocolar, destacando as ações do governo federal e parcerias com países da América Latina. Ela ressaltou a transversalidade da agenda antirracista, alertando para sua conexão com os grandes temas globais, como as mudanças climáticas*.
A sessão também foi marcada pela transição de liderança do Fórum. A presidenta June Soomer, de Saint Lucia, foi ovacionada ao entregar o cargo para Martin Kimani, do Quênia e pela abertura às falas da sociedade civil organizada.