Rio Branco lança cartilha online para combater o racismo institucional
Para combater o racismo nas instituições públicas, a Prefeitura de Rio Branco lançou, nesta terça-feira (21), uma cartilha online gratuita que tem como objetivo o enfrentamento a qualquer atitude de intolerância. O lançamento ocorre no Dia Internacional de Luta Pela Eliminação da Discriminação Racial e além da publicação na internet também foram criadas mídias em vídeo, diagnóstico da situação nos órgãos públicos e um plano de ação.
O material foi elaborado durante sete oficinas realizadas pela Secretaria-Adjunta de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seadpir) em todas as secretarias do estado. A produção de todo o material teve o valor de R$ 400 mil e foi custeada por emenda parlamentar.
A secretária Elza Lopes, responsável pela pasta, explica que o trabalho deve servir como base para que os gestores desses órgãos município estabeleçam ações e busquem a redução do racismo institucional.
“Estamos fazendo esse trabalho em todas as secretarias pois a ideia é usar esse material para fazer mudanças reais, sejam elas de ação, comportamento ou valores sociais. Durante a oficina fizemos um diagnóstico nesses órgãos e elaboramos o Plano de Ação”, afirma.
Também participaram do evento representantes das secretarias de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), Turismo, Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SEDHIPA), Cidadania e Assistência Social de Rio Branco e Secretaria Municipal da Políticas para as Mulher de Rio Branco. O evento contou com a presença da Defensoria Pública, Departamento de Promoção da Igualdade Racial e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
Sobre a data
O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em referência ao Massacre de Sharpeville.
O fato ocorreu em 21 de março de 1960, em Joanesburgo, na África do Sul, quando 20 mil pessoas faziam um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais e limitações para sua circulação, uma medida notadamente discriminatória.
Porém, mesmo tratando-se de uma manifestação pacífica, a polícia do regime de apartheid abriu fogo sobre a multidão desarmada resultando em 69 mortos e 186 feridos. A data também marca a inclusão de Zumbi dos Palmares na galeria dos Heróis Nacionais, em 1997.