O governo federal atualizou recentemente a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), ampliando a responsabilidade do empregador para incluir os aspectos de saúde mental dos colaboradores. A atualização da NR-01 aumenta a responsabilidade das empresas sobre a saúde mental dos funcionários, exigindo que fatores psicossociais (como estresse e assédio) sejam identificados e gerenciados pelo empregador. Vale notar que sua entrada em vigor foi adiada para 2026. Em suma, a saúde mental dos trabalhadores passa a figurar explicitamente entre as obrigações legais dos empregadores.
Liderança e gestão humanizadas: diversidade como ativo de valor
O primeiro pilar dessa nova performance corporativa é a liderança humanizada, capaz de respeitar as diferenças individuais e reconhecer a diversidade como um ativo de valor. Liderar com empatia, escuta ativa e genuíno interesse pelas pessoas cria um ambiente de confiança e pertencimento. Pesquisas já mostram que empresas que valorizam a diversidade têm melhor desempenho financeiro; inclusão não é apenas ética, mas também estratégia inteligente de negócios. Quando as pessoas se sentem seguras para ser autênticas no trabalho, liberam seu potencial criativo e produtivo, impulsionando resultados sustentáveis.
Preconceito não é brincadeira: tolerância zero à discriminação
O segundo pilar trata de combater preconceitos e discriminações antes normalizados na cultura corporativa. Comentários racistas ou piadas sexistas, bem como homofobia velada, não podem mais ser tolerados. Além de antiéticas, essas atitudes violam a dignidade humana, causam sofrimento mental e geram risco jurídico e reputacional para as empresas. Exige-se, portanto, tolerância zero: uma cultura inclusiva passou de “desejável” a condição essencial para um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
Saúde integral: física e mental lado a lado
O terceiro pilar envolve enxergar o ambiente de trabalho sob uma lente ampliada de saúde e segurança, garantindo bem-estar físico e mental a todos. Hoje está claro que saúde mental é saúde – e essa visão virou padrão esperado nas empresas. Portanto, as iniciativas de saúde corporativa agora incluem apoio psicológico, prevenção do burnout e políticas de flexibilidade. Juridicamente, espera-se que o empregador identifique riscos psicossociais (sobrecarga de trabalho, cobranças abusivas) e atue proativamente para mitigá-los. A mensagem é clara: cuidar da mente deve andar lado a lado com cuidar do corpo. Quem entende isso colhe ganhos em produtividade, atração e retenção de talentos.
Apesar de alguns sinais recentes de retração nesse campo, empresas líderes nos EUA e Europa seguem investindo em ambientes diversos e saudáveis. Uma pesquisa global revelou que sete em cada oito companhias planejam manter iniciativas de DEI em 2025, apesar das pressões contrárias. Essas conquistas dificilmente retrocederão, pois a sociedade não admite mais a negação da dignidade, do respeito e da individualidade.
Empresas sérias, modernas e inovadoras perceberam uma verdade simples: ao lado de métricas existem pessoas reais. E pessoas, quando valorizadas em sua pluralidade, geram resultados extraordinários – sustentáveis e humanizados. Assim se constroem organizações resilientes, unindo performance a propósito e humanidade.