Sol Miranda

Nascida em 25 de julho de 1990, no bairro de Brás de Pina, mais precisamente na Favela Cinco Bocas, Sol Miranda teve seu primeiro contato com as artes ainda na infância. Formada em Letras/Literatura. É atriz, realizadora, pesquisadora, produtora e articuladora cultural. Com toda a trajetória realizada nos palcos e bastidores da cultura e na educação, Sol se lança neste que é um dos maiores desafios de sua vida.

Aos 23 anos tornou-se mãe e hoje, assim como a maioria das jovens mães no Brasil, concilia carreira e maternidade. Seu olhar parte da vontade de utilizar o seu fazer profissional para colaborar na distribuição de oportunidades, especialmente para a população menos assistida pelas políticas sociais.

É cofundadora da companhia Emú de Teatro, uma das mais relevantes do Rio de Janeiro, que se desdobra na produtora Emú Produções Artísticas e Culturais. Coordenadora convidada no Núcleo de Estudos Geracionais Sobre Raça, Artes, História e Religião – NEGRAHR (IFaCS-UFRJ).

Coidealizou o projeto “Segunda Black”, um espaço de encontro, pesquisa e apresentações de experiências cênicas de artistas negros, vencedor do Prêmio Shell de Teatro em 2019 na categoria inovação e do Prêmio Questão de Crítica em 2019. Participou do processo de criação da Mostra “Ultrajado”, uma Ocupação Artística em 6 equipamentos culturais, com 13 atrações populares que ganhou o Prêmio Questão de Crítica em 2017. Escreveu
e protagonizou o espetáculo “Mercedes”, assistido por mais de cinco mil pessoas e que resgatou a trajetória de Mercedes Baptista, primeira bailarina negra a dançar no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (2016). Em 2012 colaborou no projeto Afro em Nós do Nós do Morro.

Seu trabalho mais recente retrata a história de uma jovem advogada, interpretada pela atriz, que se divide, durante o dia, na atuação em prol das mulheres vítimas de violência doméstica e a noite, fatura com a exposição de práticas sadomasoquistas na internet tem estreia nacional dia 19 de janeiro. A produção cinematográfica foi dirigida pela carioca Júlia Murat.

Regra 34” ganhou, em 2022, o Leopardo de Ouro, prêmio máximo do Festival de Locarno, na Suíça; o prêmio de Melhor Direção de Ficção da Première Brasil, no Festival do Rio, e o Prêmio Especial do Júri na 43ª edição do Festival do Novo Cinema Latino-Americano de Havana. O longa ainda recebeu, no Panorama Coisa de Cinema, a
Menção Honrosa Longa e Prêmio Especial do Júri APC, e no Festival de Cinema Iberoamericano Huelva, na Espanha, o Prêmio AAMMA. A protagonista de “Regra 34”, Sol Miranda, levou o prêmio de Melhor atriz no Festival de Cinema Iberoamericano Huelva, na Espanha, o prêmio de Melhor Interpretação Festival Mix Brasil, além de uma menção especial no Festival des 3 Continents, realizado na França. Para ela, o que mais importa é que o filme chegue no máximo de pessoas pretas e periféricas. “Eu quero que meninas que sonham, assim como eu sonhei muito, se vejam e tenham a certeza de que é, sim, possível. Morei em República, dividi quartos com rapazes… tudo pelo sonho em me tornar atriz, aos 17 anos, quando saí de casa. Na época a condução para Brás de Pina, o horário e o custo para deslocamento eram inviáveis para voltar para casa”.

Como ativista, recebeu a Homenagem Carolina Maria de Jesus da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro por iniciativa da Deputada Renata Souza. Sol usa sua arte para fortalecer causas como “Cultura sem Racismo”; Regularização do “Fundo Municipal da Cultura”; “Renda Básica Emergencial”; “Lei Aldir Blanc”; ONG Criola, dentre outras.

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