‘Sou um ativista político dentro do futebol’, diz técnico do Bahia

Roger Machado comenta repercussão de resposta sobre racismo em entrevista coletiva após jogo do Campeonato Brasileiro: ‘Para mudar, precisamos aceitar que o preconceito existe’

Quando chegou à sala de imprensa do Maracanã, Roger Machado, de 44 anos, não imaginava que sua entrevista coletiva pudesse ganhar repercussão nacional.

Para o treinador, explicar a derrota de sua equipe, o Bahia, para o Fluminense parecia ser a tarefa mais difícil.

Ele se preparava para responder às críticas pela derrota de 2 a 0 no último sábado 12. Até que uma pergunta sobre racismo no esporte alterou o foco da conversa.

Machado e o técnico Marcão, do Fluminense, são os dois únicos treinadores negros da elite do futebol brasileiro.

O vídeo com a resposta de Machado a respeito do tema passou a ser compartilhado nas redes sociais e alcançou até mesmo o público que não acompanha o Campeonato Brasileiro.

Gaúcho de Porto Alegre, Machado começou a carreira de treinador em 2014, quando assumiu o time Juventude de Caxias do Sul.

Com passagens marcantes por Grêmio, Atlético-MG e Palmeiras, chegou ao Bahia em abril deste ano e logo criou uma relação de afinidade: o time baiano, engajado em questões sociais, cativou um técnico que procura seguir os mesmos princípios.

“Negar e silenciar é confirmar o racismo. Minha posição como negro na elite do futebol é para confirmar isso”, disse o treinador na entrevista coletiva.

Formado em educação física, Roger ingressou no ensino superior depois dos 34 anos. Antes, buscava conhecer um pouco mais a sociedade por meio de livros presenteados por sua irmã e os devorava durante as viagens como atleta de Grêmio, Fluminense e Vissel Kobe, do Japão.

Fonte: Epoca

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