Supremacistas são condenados a pagar indenização milionária por ataque a músico negro nos EUA
O grupo supremacista “Patriot Front” foi condenado após dois anos a pagar US$ 2,7 milhões (cerca de R$ 16,5 milhões) ao músico Charles Murrell, agredido durante uma manifestação no Dia da Independência, em 2022, em Boston. Murrell, que tocava saxofone na rua, foi empurrado e atacado pelos extremistas.
Segundo a decisão da juíza Indira Talwani, o músico sofreu cortes, hematomas e traumatismos, além de desenvolver estresse pós-traumático, depressão e ansiedade. Apesar da brutalidade do ataque, nenhum dos agressores foi preso, e o “Patriot Front” chegou a divulgar um vídeo do episódio em tom de celebração.
Conhecido por suas ações neonazistas, o grupo, liderado por Thomas Rousseau, já esteve envolvido em episódios como a manifestação de Charlottesville, em 2017, quando um simpatizante atropelou e matou uma manifestante antirracista. O “Patriot Front” também vandalizou homenagens a George Floyd, intensificando sua reputação de ódio e intolerância.
O caso de Murrell é mais um exemplo do impacto do racismo e da violência nos Estados Unidos, reforçando a urgência de combater esses movimentos extremistas.