“Torcida branca”: MPSP nega racismo reverso de ex-assessora de Anielle

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) arquivou representação por “racismo reverso” contra a ex-assessora da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que chamou os torcedores do São Paulo de “torcida branca”.

O que aconteceu

Promotora disse que o crime de racismo só ocorre contra grupos que “tiveram e têm os direitos sistematicamente violados”. “Não é qualquer ódio exteriorizado que encontra tipicidade penal, mas apenas aqueles voltados contra determinados grupos vulneráveis no contexto histórico-sociológico”, escreveu Maria Fernanda Balsalobre Pinto

O MP argumenta que esse tipo de discriminação contra brancos, paulistas e europeus não pode ser reconhecido. “Tais grupo foram, historicamente, amplamente hegemônicos e dominantes, jamais experimentando qualquer violação sistemática de direitos pela raça ou origem nacional”, acrescentou a promotora.

Ex-assessora de Anielle disse que torcedores do São Paulo eram “torcida branca”. Marcelle Decothé da Silva era chefe da assessoria especial do Ministério da Igualdade Racial. Ela publicou o comentário nas redes sociais no dia da final da Copa do Brasil entre o clube paulista e o Flamengo, em setembro. “Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade… pior de tudo pauliste”, escreveu ela.

Marcelle foi demitida após o episódio. Em nota divulgada à época, o Ministério da Igualdade Racial afirmou que exonerou a funcionária para “evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito [de combate ao racismo] interfiram no cumprimento de nossa missão institucional”.

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