Revista Raça Brasil

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Tráfico de pessoas: 72% das vítimas no Brasil são negras

Maioria negra, vítimas de tráfico humano, enfrenta trabalho escravo e tortura. Caso recente na Ásia reacende debate sobre vulnerabilidade e aliciamento com falsas promessas.

Na semana passada, o Governo brasileiro divulgou notícia de que dois brasileiros conseguiram fugir do trabalho escravo em Mianmar, na Ásia. Luckas Viana dos Santos, de 31 anos, e Phelipe de Moura Ferreira, de 26 anos, foram seduzidos por promessas de emprego na Tailândia, mas acabaram sequestrados e levados a Myawaddy, cidade de Mianmar, país que vive em guerra civil.

O Itamaraty informou que a Embaixada de Bangkok, na Tailândia, está prestando assistência aos brasileiros já resgatados e que providencia a repatriação deles de volta ao Brasil. 

Eles foram vítimas de tráfico humano e relataram que trabalhavam mais de 15 horas por dia aplicando golpes na internet. Quando não atingiam as metas, eram torturados e espancados.

A situação de Luckas e Phelipe acende o debate para a triste realidade que atinge em maior volume as pessoas negras. 

Segundo as informações do Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas, de 2021, 72% das vítimas desse tipo de crime no Brasil são negras. A taxa leva em consideração as pessoas atendidas nos Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e em postos do Ministério da Saúde.

O Ministério Público do Trabalho (MPT), por sua vez, contabilizou 15.857 aliciamentos entre 2017 e 2020, a maioria (14,80%) no estado de São Paulo, seguido por Minas Gerais (14,52%).

Com informações da Agência Brasil.

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