Trança: penteado ou um ato de resistência?

por LÉIA ABADIA | fotos PRETA BRASILEIRA/DIVULGAÇÃO

Original da cultura africana, as tranças afros sempre foram muito mais do que um adorno para os cabelos dos negros e negras ao redor do mundo. É uma tradição que vem sendo passada de geração em geração, agregando valor e aprimorando o ato de trançar.

Atualmente, no Brasil, o penteado é usado não apenas por afrodescendentes, mas também pela população de pele clara, com cabelo liso ou ondulado.

Existem duas técnicas de fazer tranças: a solta, também conhecida como Box Braid, e a enraizada, popularmente chamada de trança rasteira. Essas duas técnicas se diversificam em variados estilos, cores e desenhos, tornando o universo das tranças bastante amplo. No momento, a técnica mais procurada é a Box Braid, que pode ser feita com as pontas amarradas ou desfiadas criando o famoso “efeito ponta fina”. Também é comum variar o comprimento, permitindo ao cliente escolher a trança seguindo tendência de corte de cabelo, como a trança solta Chanel. A opção por tranças mais longas que possibilitam fazer coques e os mais variados estilos de penteados, também é grande.

Há vários materiais para fazer tranças. Fios sintéticos, novelos de lã e linha. O mais popular é o jumbo da categoria fio sintético. O material é famoso por oferecer cores diversas e inovadoras, propondo um visual moderno e empoderado.

A técnica da aplicação das tranças é simples: primeiro separamos o cabelo em quadrados, que serão trançados um a um. Após esse processo que deve ser realizado nuca a testa, separamos o material escolhido e vamos fazer uma trança por cima da trança de cada quadradinho, trançando e encobrindo a primeira trança que passa a ser usada como base.