O governo do presidente Donald Trump determinou nesta quarta-feira (07/08) que instituições de ensino superior deverão fornecer dados detalhados sobre a composição racial de seus processos de admissão. A medida visa, segundo a Casa Branca, “garantir total transparência” nos critérios de seleção acadêmica.
A iniciativa ocorre pouco mais de um ano após a Suprema Corte manter a validade de ações afirmativas em admissões universitárias. As instituições terão 90 dias para cumprir com a nova exigência de prestação de informações.
Universidades como Harvard e Yale, que recentemente enfrentaram processos judiciais sobre seus métodos de admissão, serão especialmente monitoradas. O Departamento de Justiça afirma que a medida busca “imparcialidade” no acesso ao ensino superior.
Grupos defensores de direitos civis criticaram a decisão, alegando que esta representa uma tentativa de intimidar instituições que promovem diversidade. “É mais um ataque às políticas de inclusão”, declarou o líder da NAACP.
A controvérsia surge em meio à campanha eleitoral, onde o tema da igualdade racial no ensino superior tem ganhado destaque. Analistas políticos sugerem que a medida pode mobilizar tanto a base conservadora quanto os opositores do governo.
O cumprimento da determinação será supervisionado pelo Departamento de Educação, que poderá aplicar sanções às instituições que não fornecerem as informações exigidas dentro do prazo estabelecido.