Revista Raça Brasil

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Um encontro com a ancestralidade e a urgência da educação antirracista

A cidade de Penedo vivenciou, nos dias 7 e 9 de maio, momentos de profunda conexão com a cultura afro-brasileira. Por meio do projeto Angola Janga, estudantes, professores e a comunidade local puderam mergulhar em vivências que resgatam saberes ancestrais e fortalecem o combate ao racismo estrutural.

Realizado na escola estadual Professor Ernani Méro e no Theatro Sete de Setembro, o Angola Janga promoveu oficinas de dança afro, gastronomia tradicional, penteados e turbantes — práticas que carregam a resistência, a beleza e a força de um povo historicamente marginalizado, mas culturalmente fundamental para o Brasil.

Mais que atividades culturais, o projeto trouxe reflexões urgentes sobre identidade, pertencimento e representatividade negra nas escolas. O seminário de intercâmbio cultural foi um espaço potente para diálogos que precisam ser permanentes no ambiente educacional.

O encerramento, com um espetáculo no tradicional teatro da cidade, emocionou o público ao retratar a luta de Zumbi e Dandara no Quilombo dos Palmares. A apresentação foi mais que um show: foi um chamado à memória, à resistência e à valorização da história que muitos ainda tentam silenciar.

Com apoio da Fundação Cultural Palmares, da Secretaria Municipal de Cultura, Lazer e Juventude (SEMCLEJ) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secult), o projeto Angola Janga reafirma que educação antirracista é uma necessidade urgente — e a cultura é um dos caminhos mais poderosos para isso.

Que as sementes plantadas em Penedo sigam florescendo em cada escola, em cada roda de conversa, em cada jovem negro que se reconhece como herdeiro de uma história de luta, beleza e liberdade.

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