Revista Raça Brasil

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Vevé Calazans, o compositor que transformou canções em hinos da música baiana

Quando o público canta em coro “É D´Oxum” ou vibra com “Selva Branca” (Moranguinho no Copinho), talvez nem todos saibam quem está por trás dessas obras-primas. Mas o nome de Vevé Calazans está gravado para sempre na história da música baiana.

Nascido em 1948, em Salvador, Everaldo Calazans de Almeida Filho — o nosso Vevé — tinha a música correndo nas veias e a Bahia pulsando no coração. Multi-instrumentista, apaixonado por violão e contrabaixo, ele transitava com naturalidade entre a MPB e o axé, sempre com uma marca muito sua: a sensibilidade.

Foi essa sensibilidade que o levou a compor, ao lado de Gerônimo, a canção É D´Oxum em 1985, escolhida para a trilha da minissérie Tenda dos Milagres. A música encantou tanto Dorival Caymmi que ele determinou que se tornasse a “música incidental da cidade” de Salvador. Dois anos depois, em parceria com Carlinhos Brown, nasceu Selva Branca, que até hoje arrasta multidões em qualquer show de Bell Marques ou Chiclete com Banana.

Mas Vevé era muito mais que sucessos conhecidos. Foi jurado em programas de calouros, incentivou talentos e abriu caminhos. O cantor Gerônimo, amigo e parceiro, lembra:

“Ele tinha uma sensibilidade rara. Incentivava os jovens, acreditava na força da música baiana e deixava sua marca em tudo o que fazia. Conheci Vevé no Rio, quando muitos de nós corríamos atrás de oportunidades. E desde então, ele marcou minha vida pessoal e profissional.”

Vevé nos deixou em 2012, mas seu legado continua ecoando nas vozes e corações que cantam suas músicas. Porque, no fim, é isso que os grandes artistas fazem: transformam sentimentos em canções que nunca morrem.

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