Vini Jr. é expulso no mesmo estádio onde sofreu racismo

Na vitória do Real Madrid sobre o Valencia por 2 a 1, válida pela 12ª rodada da LaLiga, Vini Jr. viveu mais uma situação polêmica em sua carreira. Após ser provocado pelo goleiro macedônio Stole Dimitrievski, o atacante revidou com um empurrão, o que resultou em sua expulsão após análise do VAR. Enquanto isso, Dimitrievski recebeu apenas um cartão amarelo.

A expulsão veio no reencontro de Vini com o estádio Mestalla, onde, em 2023, ele foi alvo de graves atos de racismo por parte da torcida do Valencia. Mesmo diante das adversidades, o Real Madrid virou o jogo com gols de Modric e Bellingham, assegurando a vitória com um jogador a menos. Nas redes sociais, Vini pediu desculpas “Desculpe e obrigado, equipe!”.

O episódio expõe a complexidade de reagir a provocações em um ambiente de alta pressão, especialmente para alguém que enfrenta desafios como os vividos por Vini Jr. no Mestalla. Após ser alvo de racismo naquele mesmo estádio, é compreensível que suas emoções estivessem à flor da pele, tornando o episódio um reflexo de um contexto maior de injustiças no futebol.

É importante lembrar que Dimitrievski, ao provocar Vini, também contribuiu para o desdobramento do incidente. Situações assim demonstram a necessidade de maior rigor nas punições para quem inicia conflitos, para evitar que a vítima se torne o principal penalizado.

Além disso, o futebol precisa avançar no combate ao racismo e na construção de um ambiente mais justo e respeitoso. Casos como o de Vini Jr. devem servir como ponto de partida para diálogos e mudanças estruturais, que protejam os jogadores e promovam equidade nas decisões disciplinares.

A trajetória de Vini Jr. nos lembra que enfrentar injustiças requer força e resiliência, mas também apoio institucional. Sua postura em denunciar e resistir ao racismo é um exemplo de coragem. Ao mesmo tempo, momentos como esse reforçam a importância de discutir como podemos agir de forma assertiva, sem perder de vista a luta maior que está em jogo.