Violência nas escolas, um fenômeno social?

A violência nas escolas ainda é um dos grandes desafios para a gestão pública no Brasil. Casos de ataques de estudantes, ex-alunos e funcionários de escolas públicas fazem parte de uma triste estatística que vem preocupando especialistas, pais, professores e a sociedade cobra ações efetivas de prevenção à violência no ambiente escolar.

Na manhã de hoje, dia 27 de março de 2023, aconteceu mais um caso de violência em uma escola pública de São Paulo. Segundo apuração da secretaria de segurança pública, o jovem aluno da Escola Estadual Thomazia Montoro, zona oeste de São Paulo, identificado como Guilherme de 13 anos, após sofrer Bullying e proferir ofensas racistas, havia premeditado o crime. Ele teria feito postagens nas redes sociais informando que “se vingaria”.

Este foi mais um caso de Bullying e ofensas Racistas entre alunos que resultou em uma tragedia em mais uma escola pública no Brasil.

O Bullying é a prática de atos violentos, intencionais e repetidos contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. Essas são as práticas mais comuns do ato de praticar bullying e racismo. Essas são violências praticadas por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente e psicologicamente uma vítima.

O bullying geralmente é feito contra alguém que não consegue se defender ou entender os motivos que levam a tal agressão. Normalmente, a vítima teme os agressores, seja por causa da sua aparente superioridade física ou pela intimidação e influência que exercem sobre o meio social em que está inserido.

A violência nas escolas já pode ser categorizada como um fenômeno social! Dadas as recorrentes ocorrências de agressões contra professores, brigas entre alunos e falta de segurança no ambiente escolar, podemos entender que há um preocupante abandono do Estado acerca das políticas públicas no campo da educação, inclusive sobre a importância de elaborar um plano de segurança que garanta a integridade dos alunos, professores, funcionários e colaboradores que convivem diariamente no ambiente escolar. 

Sociólogo formado pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), Mestre e Doutorando em Mudança Social e Participação Política pela Universidade de São Paulo (USP), Coordenador executivo da Universidade Livre de Sociologia e Comunicação Afro-brasileira (UNAFRO), Coordenador Nacional da Nova Frente Negra Brasileira (NFNB), membro do grupo de Estudos Latino Americano sobre Cultura e Comunicação (CELACC – USP), membro do grupo de estudos Griô de Culturas Populares e Educação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). É também autor do livro “Casa Verde, uma pequena África paulistana” e autor convidado no livro “Cultura Política nas Periferias – estratégias de reexistência”.

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