Revista Raça Brasil

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Wandré Silva transforma denúncia de racismo em resistência

O que deveria ser apenas mais um dia de trabalho se transformou em um momento doloroso para o fotógrafo Wandré Silva, do Bangu Atlético Clube. Durante a semifinal da Série A2 do Campeonato Carioca, no último sábado (…), no Estádio Moça Bonita, na Zona Oeste do Rio, ele foi alvo de cânticos racistas vindos de torcedores do Araruama Futebol Clube, no segundo tempo da partida.

Em um desabafo nas redes sociais, Wandré revelou o peso de mais um episódio de preconceito no futebol brasileiro.

“Não tive intenção de repercutir algo, mas precisava colocar pra fora esse acontecimento chato que aconteceu. É só mais um leão que precisamos matar dia após dia”, escreveu, traduzindo a exaustão de quem precisa enfrentar o racismo repetidamente.

O Bangu, clube em que atua, se pronunciou em solidariedade ao fotógrafo, repudiando o ato e informando que já está reunindo imagens e registros para identificar os agressores. “Manifestamos nossa total solidariedade ao profissional Wandré Silva, que está sendo acolhido com todo o suporte e atenção da nossa instituição”, declarou a nota oficial.

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) também lamentou o ocorrido, garantindo que o caso será registrado no Tribunal de Justiça Desportiva. “A Ferj repudia veementemente o episódio preconceituoso e se solidariza com o profissional do Bangu”, afirmou.

Até agora, nenhum torcedor foi identificado. O episódio é mais um retrato da ferida aberta do racismo no esporte, mostrando que, apesar dos discursos e campanhas, ainda há um longo caminho para que o futebol seja, de fato, um espaço seguro e respeitoso para todos.

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