Will Smith renuncia à Academia do Oscar

A revista americana Variety informou que o ator Will Smith, que enfrentava uma possível expulsão ou suspensão depois de agredir Chris Rock durante a transmissão do Oscar no último domingo (27), renunciou à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.  

“Respondi diretamente ao aviso de audiência disciplinar da Academia e aceitarei integralmente todas e quaisquer consequências por minha conduta. Minhas ações na apresentação do 94º Oscar foram chocantes, dolorosas e imperdoáveis. A lista daqueles que machuquei é longa e inclui Chris (Rock), sua família, muitos de meus queridos amigos e entes queridos, todos os presentes e o público global em casa”, afirmou o ator em comunicado enviado à revista “Variety”.

“Eu traí a confiança da Academia. Privei outros indicados e vencedores de sua oportunidade de celebrar e ser celebrado por seu trabalho extraordinário. Estou de coração partido. Quero colocar o foco de volta naqueles que merecem atenção por suas realizações e permitir que a Academia volte ao incrível trabalho que faz para apoiar a criatividade e a arte no cinema. Portanto, estou me renunciando da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas e aceitarei quaisquer outras consequências que o Conselho julgar apropriadas. A mudança leva tempo e estou comprometido em fazer o trabalho para garantir que nunca mais permita que a violência ultrapasse a razão.”

A renúncia significa que o ator não vai mais poder participar do processo de votação do Oscar, mas ele ainda pode ser indicado, já que não é necessário ser membro da Academia para concorrer.

“Recebemos e aceitamos a renúncia imediata do senhor Will Smith da Academia”, afirmou a instituição em comunicado à revista “Hollywood Reporter”. “Vamos continuar com nossos procedimentos disciplinares contra o senhor Smith por violações dos Padrões de conduta da Academia, antes da nossa próxima reunião de conselho no dia 18 de abril.”

Desde a premiação, na qual Will ganhou o Oscar de melhor ator por “King Richard: Criando campeãs”, a entidade abriu processo disciplinar contra o ator, que poderia ter sido expulso, suspenso ou sofrido outro tipo de punição.

Entenda o caso

Durante a cerimônia de entrega do Oscar, Rock comparou a mulher de Will, Jada, à personagem G.I. Jane, interpretada pela atriz Demi Moree no filme “Até o limite da honra” (1997). No longa, a personagem tem o cabelo raspado porque faz parte da Marinha. Jada, porém, sofre de alopecia, que provoca calvície.

Logo depois a piada, Will subiu em silêncio no palco e deu um tapa no rosto do comediante. Depois, voltou para a plateia esbravejou: “deixe o nome da minha mulher fora da p**** da sua boca”. Na sequência, o ator foi acalmado por Jada e Denzel Washington.

Na segunda-feira (28), após ter pedido desculpas à Academia durante seu discurso de agradecimento na premiação, Will se desculpou também com Rock.

“Eu gostaria de me desculpar publicamente com você, Chris. Eu estava fora de linha e estava errado. Estou envergonhado e minhas ações não foram indicativas do homem que quero ser. Não há lugar para violência em um mundo de amor e bondade”, escreveu ele na ocasião.

Ao programa “Good Morning America” nesta sexta, o produtor do Oscar Will Packer afirmou que a polícia de Los Angeles se ofereceu para prender Will, mas não seguiu em frente porque Rock se recusou a prestar queixa.

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