100 anos de homenagens à Iemanjá

Neste 2 de fevereiro, a tradicional festa da Rainha do Mar, em Salvador, foi retomada com a praia do Rio Vermelho lotada de devotos. Fé, tradição e ancestralidade uniram todas as raças para reverenciar Iemanjá com presentes e agradecimentos. 

Alfazema e Rosas brancas são um dos principais presentes ofertados a Yemoja, Janaína, Mãe d’Água, Dandalunda ou Rainha do Mar. Muitos são muitos os nomes para celebrar a mãe de todos os orixás: os paridos, como Oxóssi, e os acolhidos, como Xangô.  

A festa de celebração a quem traz fartura, prosperidade e serenidade a quem tem fé já foi atacada e condenada.  

A intolerância religiosa ainda é uma realidade na sociedade brasileira. “Somente pelo conhecimento poderemos desconstruir padrões de julgamento impostos com o objetivo de desestabilizar um povo. Sucatear a educação e demonizar a fé do outro são práticas de enfraquecimento premeditadas. Mas o povo negro brasileiro é forte! Prova disso, são os 100 anos da festa de Iemanjá em Salvador” disse Rose Oliveira, educadora. 

Um marco importante na história rumo à tolerância religiosa foi a homenagem à rainha das águas, projetada pela primeira vez em um dos principais monumentos nacionais – o congresso. “A iniciativa figura um avanço rumo ao respeito, mas ainda há muito o que fazer”, completa a educadora. 

Rodrigo França já havia falado sobre a relação da sociedade brasileira frente às religiões de matriz africana: “A sociedade que demoniza a religião de matiz africana é a mesma sociedade que veste branco no último dia do ano e vai entregar rosas a Iemanjá.” disse o ex BBB à revista RAÇA. 

 Acima de tudo, previsto como direito humano legítimo, as práticas religiosas têm de ser respeitadas, seja ela qual for. 

Imagens: vídeo de @aniellefranco

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