Três livros para você entender a luta de mulheres contra o machismo e o racismo

Conheça autoras que abordam as temáticas e ajudam a construir um pensamento contra a misoginia

O Dia Internacional da Mulher é também o dia para lembrarmos da necessidade de conscientização do papel da sociedade na luta contra a misoginia. Apesar de todas as mulheres sofrerem por serem colocadas em uma relação de subalternidade em relação aos homens, mulheres negras ainda enfrentam o racismo e se veem diante de práticas estruturais que, por serem crimes, devem ser combatidas e denunciadas.

O estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2019, aponta uma distância entre os rendimentos dos homens brancos, quando comparados aos das mulheres pretas ou pardas, que recebem 44,4% menos do que eles. Os dados espelham esses obstáculos e ressaltam a vantagem dos homens brancos sobre os demais grupos populacionais.

Apesar dos avanços alcançados, a desigualdade salarial persiste e deve ser combatida por todos, inclusive por homens. O estudo do IBGE explica essa diferença por fatores, sobretudo para mulheres negras, como segregação ocupacional, menores oportunidades educacionais e recebimento de remunerações inferiores em ocupações semelhantes.

“Não existe justificativa para mulheres que possuem os mesmos cargos e atribuições que homens e que ganham salários mais baixos. A misoginia passa a ser velada e, assim como o racismo estrutural, acontece sem ser, necessariamente, expressada ou de maneira direta, principalmente nos processos seletivos para vagas nas empresas”, explica Leiza Oliveira, CEO da Mind Idiomas.

A chegada do Dia Internacional da Mulher, é extremamente importante entendermos as necessidades de destacar as narrativas de combate a esses preconceitos. Com a popularização de campanhas feministas, a luta contra o machismo tem ganhado cada vez mais força. O aumento das denúncias de assédio sexual, violência doméstica e estupro fortaleceu o movimento e também revelou que as agressões persistem no dia a dia de grande parte das mulheres.