A atriz Lucy Ramos em entrevista à Raça

Veja trechos da entrevista com a atriz e modelo Lucy Ramos

 

TEXTO: André Rezende | FOTOS: Marcelo Correa e TV Globo/Alex Carvalho | Adaptação web: David Pereira

A atriz Lucy Ramos | FOTO: Marcelo Correa

A atriz Lucy Ramos | FOTO: Marcelo Correa

Nessa entrevista exclusiva, Lucy Ramos fala mais sobre sua história, que começou na periferia de Recife, chegou a São Paulo, aportou no Rio de Janeiro com escala na Turquia na época em que era modelo e… Bem, difícil dizer aonde a atriz quer chegar, certo mesmo é que ela não para, está sempre em busca de novos desafios.

Ser modelo foi uma opção ou a oportunidade surgiu por acaso, devido a sua beleza?

Minha mãe sempre quis que eu fosse modelo. Eu não gostava muito e sempre mudava de assunto. Mas com o tempo meu professor de futebol terminou me levando para uma agência e aí que comecei a modelar. Fiquei uns oito anos, gostava muito e vi na profissão a chance de crescer.

Ainda no mundo da moda, o que você pode dizer sobre a profissão? Principalmente para o público da RAÇA BRASIL, ser modelo chega a ser um objetivo de vida, muitas vezes, pautado apenas na beleza física e na possibilidade de ser famosa(o).

Na minha época de modelo fiz algumas matérias de beleza para revista e, a primeira capa da minha vida também foi na RAÇA BRASIL. No meio da moda rolam muita competitividade, ego, vaidade, maldade, tem que ter muita paciência… Coisas que acontecem em todas as profissões. Mas tem muita coisa boa também. No meu caso, peguei um avião pela primeira vez para ir ao Rio de Janeiro fazer um trabalho, uma emoção única. Saí do Brasil pela primeira vez e fui para a Turquia, conheci muitas pessoas, amadureci. Trabalhei muito! Agora, o que não pode é achar que não deve estudar, que vai viver só da beleza. Tem algumas modelos que se dão muito bem, fazem sucesso e ganham muito dinheiro, mas dá para contar nos dedos as que vivem isso. Tem que ter o pezinho no chão, lutar sempre pelo melhor, estudar, traçar um objetivo e ir atrás, gostar do que faz e não entrar na carreira por fama, pois as dificuldades vão te decepcionar. Mas se tem o sonho, corra atrás!

Cena da novela Cordel Encantado | FOTO: Alex Carvalho/TV Globo

Cena da novela Cordel Encantado | FOTO: Alex Carvalho/TV Globo

Lá atrás, ainda em Pernambuco, a menina Lucy tinha o sonho de ser atriz?

Em Pernambuco eu nem sabia o que queria da vida, era muito nova e só queria saber de brincar. Essa vontade partiu nos meus 16, 17 anos. Não era modelo de passarela e sim de comercial, não tinha altura e nem um rosto andrógeno. Na agência de modelo tinha alguns cursos para aprender a se comportar diante das câmeras, e eu fazia todos os eu que podia, não deixava passar nenhuma oportunidade. Daí, vi que era isso o que eu queria: ser atriz.

Sabemos que para um ator ser completo (e eficiente) o teatro é a melhor faculdade que existe. Por quanto tempo você estudou artes cênicas e como, de fato, essa teoria te ajudou na carreira.

Assim que me formei no ensino fundamental, a prefeitura de São Paulo e o SENAC fizeram uma parceria e deram cursos profissionalizantes para os alunos que não tinham condições de fazer faculdade. Você tinha que se inscrever em duas profissões e eles decidiam o que você ia fazer. Me inscrevi em artes cênicas e em outra que não me lembro agora. Acho que já estava escrito que eu ia ser mesmo atriz, porque fui escolhida para artes cênicas. Estudei durante um ano, todos os dias, me formei e fiz outros cursos depois, mas o que está me fazendo crescer a cada dia é a prática.

Lucy, depois de Cordel Encantado, você amadureceu muito como profissional. O sucesso entre o público foi grande. Com certeza, os autores também viram seu amadurecimento, o que lhe rendeu convites para outros trabalhos dentro da Globo, no entanto, no momento, você se desvinculou da emissora para se dedicar totalmente ao cinema.

Não gostaria de quebrar o vínculo com a Globo, o meu contrato vencia junto com a novela, estava lá fazia 7 anos, entre novelas e oficina. Gosto muito daquele ambiente de trabalho, conheço muitas pessoas ali. Tenho uma grande oportunidade em mãos, ser protagonista de um filme que vai retratar a vida de uma mulher que está fazendo história no Brasil. De todo o meu tempo de carreira, nunca tive uma chance tão boa no cinema, não poderia deixar passar. Só fui dar um passeio e já, já, estou de volta. Gosto muito de trabalhar lá!

Quer ver esta e outras matérias da revista? Compre esta edição número 162.

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