A beleza de Angola
Amélia Masseca representa a beleza angolana e sonha com a união dos povos africanos
TEXTO: Redação | FOTO: Andrea Rocha | MAKE UP: Joana Seibel | FINALIZADORA: Aline Penagova | CABELO: Wilma Celeste | Adaptação web: David Pereira
Amélia Olga Masseca nasceu e mora em Luena, na província do Moxico, em Angola. A jovem, de 24 anos, é formada em arquitetura. “Formei-me na Universidade Lusiada de Angola, na cidade de Luanda. Acredito ser uma profissão que ajuda na reconstrução do meu país. A guerra destruiu uma parte de Angola. Arte feita do homem para o homem”, explica.
Amélia conhece o Brasil e, comparando os dois países, afirma que os angolanos, povo predominantemente negro, não enfrenta alguns problemas que existem no Brasil. “Somos bem resolvidos em relação à autoestima e negritude. Acredito que o povo angolano nasceria negro, caso tivesse que escolher. E, sobretudo, nasceria de novo em Angola.”
Amélia não é modelo profissional, mas descobriu seu lado fotogênico após fazer um ensaio como recordação de seus vinte e poucos anos. Tudo por conta da insistência da amiga e sócia Wilma Celeste. Moça tímida, passou a se enxergar mais como mulher e a se sentir mais segura. Vaidosa? Bem, antes de fazer as fotos, ela não era, mas agora… “Sou mais dona de mim! A mulher negra tem uma beleza singular, mas cada uma com sua particularidade. Angolanas e brasileiras são belas.”
Questionada sobre o seu maior sonho, a angolana pensa alto e dispara: “É a união dos povos africanos.” Mas, como assim, Amélia? “Em certa época nós africanos éramos muito unidos, mas a partir do momento que houve a partilha da África, uma série de conflitos foi gerado entre os próprios africanos, e isso dura até hoje.
Acredito que muitos problemas acabariam se os povos se entendessem”, explica. Amélia conta que em seu país existe folia também, mas com características diferentes das que vemos no Brasil. “Aqui é mostrada a cultura de vários povos de Angola, uma disputa entre elas. É único!”, diz essa linda angolana.
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