A capoeira na educação não-formal
Veja como a capoeira está inserida na educação não-formal do brasileiro
TEXTO: Eli Antonelli | FOTOS: Divulgação | Adaptação web: David Pereira
A mais famosa arte da cultura afro-brasileira está presente em todo o território nacional. Sua prática não se restringe apenas a apresentações nas ruas ou treinamentos em academias. A capoeira vem sendo utilizada ao longo dos anos como processo condutor na educação de crianças e jovens, não somente nesses espaços citados, mas também dentro de instituições de ensino de educação formal por meio da lei 10.639, que trata do ensino da história e da cultura afro-brasileira. Mas, é na educação não-formal que a capoeira estabelece o seu vínculo mais forte.
Na unidade Interlagos do projeto Viva a Vida, são 140 crianças que participam das atividades com aulas de artesanato, teatro, capoeira, entre outras artes, durante 4 horas diárias. O educador responsável pelo ensino da capoeira é o Mestre Ousado Carlos Augusto de Souza, com ampla experiência no jogo. Carlinhos, como é chamado, trabalha a integração das demais artes com a capoeira. Ele explica que o ensino da capoeira num projeto sócio-educativo difere de um processo de ensino do jogo da capoeira numa academia, por exemplo.
“Trabalhamos com crianças em situação de alta vulnerabilidade. Temos crianças que já sofreram violência. Algumas têm, inclusive, dificuldade ao toque, de se relacionar, outras são muito tímidas. A capoeira consegue trabalhar tudo isso e desconstruir estas barreiras”, afirma. Sua metodologia é a prática da capoeira em conjunto com o ensino da história e da ancestralidade.