A VIDA POLÍTICA DE NELSON MANDELA – PARTE 2

Leia a segunda parte da matéria sobre a vida política de Nelson Mandela

 

TEXTO: Oswaldo Faustino e Celso Fontana | FOTO: Divulgação | Adaptação web: David Pereira

A vida política de Nelson Mandela - Parte 2 | FOTO: Divulgação

A vida política de Nelson Mandela – Parte 2 | FOTO: Divulgação

Confira a primeira parte da matéria aqui.

A vida política de Nelson Mandela – Parte 2:

Mesmo a contragosto dos companheiros do CNA, dirigido por Tambo, que estava exilado na Zâmbia, Mandela começou a negociar sua libertação com o governo de Pieter Botha. No interior do partido, seu gesto foi repudiado, mas o mundo o aplaudia: o City College, de Nova Iorque, lhe concedeu o doutorado em Direito; e a cidade de Olímpia, na Grécia, o título de cidadão honorário. O governo admitia libertá-lo e a seus companheiros presos, caso aceitassem o confinamento no bantustão de Umtata. Recusaram-se. Os assentamentos eram a principal marca do apartheid, e admiti-los significava reconhecer o regime. Após vários encontros com o próprio Botha, que adoeceu gravemente e foi obrigado a afastar-se do governo, Mandela, também com a saúde debilitada, passou a negociar com F. W. de Klerk, seu sucessor. Finalmente, em 11 de fevereiro de 1990, 27 anos após seu encarceramento, ele se apresentou livre, com o punho direito elevado ao alto, para aclamação da multidão. O gesto se repetiu em outras aparições públicas, com seu brado: “Amandla!” (poder), e a resposta vibrante da massa: “Awethu!” (para o povo).

O líder superstar revelou-se também um grande estadista. “Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou”,declarou. Para contragosto dos radicais, o “Amandla” de Mandela não significava a erradicação de seus antigos algozes, mas uma conciliação. A estes, tinha uma única resposta: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou, ainda, por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”. A multidão passou a chamá-lo pelo título honorífico máximo do clã dos Mandela: “Madiba”. Em campanha presidencial e viajando pelo mundo todo, Mandela teve a oportunidade de colocar em prática um de seus pensamentos mais famosos: “Sonho com o dia em que todos se levantarão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos”. Foi eleito, em 1993, o primeiro presidente negro da África do Sul, com F. W. de Klerk como vice. Ambos foram agraciados com oPrêmio Nobel da Paz.

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