África do Sul e o Apartheid
Comemoração dos 20 anos sem Apartheid acontece em São Paulo
Texto: Redação | Foto: Renata Teixeira | Adaptação web Sara Loup
Aconteceu no Hotel Tivoli, em São Paulo, o evento que comemorou os 20 anos de democracia e liberdade na África do Sul. Na ocasião, ocorreram apresentações de música e danças do país, discursos sobre as mudanças promovidas no período e um jantar com comidas típicas, feitas pelo chef sul-africano Victor Morake. A festa contou com a presença de todo o corpo consular de São Paulo, liderado pela cônsul-geral Mmaikeletsi Dube, que falou com exclusividade à Raça. 20 anos de liberdade completos.
O que a África do Sul tem a celebrar? Celebramos o amadurecimento da nossa democracia. Nós refletimos sobre o caminho percorrido até aqui para termos uma nação sem preconceitos raciais e sexistas. Foram mais de trezentos anos de governo da minoria colonial branca, mas hoje a África do Sul é uma nação unida. As injustiças do passado, quando as pessoas foram julgadas de acordo com sua raça, credo e orientação sexual, não existem mais.
Como um sul-africano que vive no Brasil,você identifica semelhanças entre as culturas? Sul-africanos e brasileiros são povos hospitaleiros, acolhedores e simpáticos. Compartilhamos culturas semelhantes em termos de arte, poesia, esporte,música e dança. A culinária também tem pontos em comum, como o churrasco e a feijoada.
E como andam as relações inter-raciais na África do Sul? Ainda há algum resquício do apartheid? A África do Sul já percorreu um longo caminho para enfrentar os desafios do racismo e do preconceito. A nação tem o compromisso de manter uma identidade nacional, mas, sobretudo, de continuar construindo relações de respeito mútuo entre negros e brancos. Por esse motivo, a constituição de 1996 consolida a liberdade, a inclusão e o respeito aos direitos humanos para todos.
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