Aluna trans acusa professora de ‘transfobia e racismo’ na Bahia

A professora denunciada alegou que vai fazer uma ocorrência por calúnia, difamação e danos morais contra a estudante

Uma estudante trans da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA), denunciou uma professora da instituição por racismo e transfobia. O incidente ocorreu durante uma aula do curso de Produção Cultural.

A estudante, Liz Reis, alega que a situação começou quando a professora discordou das críticas que ela fez a um texto. A professora teria se referido a ela usando pronomes masculinos e afirmado que seus comentários estavam “fora do conteúdo”.

Liz relata que, apesar de ser ignorada pela professora durante a aula, continuou expressando suas opiniões sobre o texto. Em um determinado momento, a professora chamou um funcionário da instituição para retirá-la da sala.

A estudante destacou que saiu da sala de aula e gritou pelos corredores que estava sofrendo racismo e transfobia. Liz foi até o colegiado para registrar uma denúncia contra a professora, mas encontrou a porta fechada.

Após insistir para registrar a denúncia, a estudante disse que foi atendida pelos funcionários do órgão estudantil e logo após, decidiu ir à delegacia e registrou um boletim de ocorrência.

Em resposta ao incidente, a UFBA afirmou que acolheu Liz e orientou a estudante sobre os procedimentos necessários.

A professora Jan Alyne Barbosa, denunciada pela estudante alegou que vai fazer uma ocorrência por calúnia, difamação e danos morais contra Liz. A professora reconheceu que errou e disse que interpretou mal a identidade de gênero da estudante.

“Eu não a conhecia, nunca a tinha visto e não fiz a chamada no início da aula. Ela não foi identificada como mulher trans para mim. Eu confundi a minha interpretação, de fato. Eu poderia ter ela tanto como um homem gay, tanto como uma mulher trans. Eu errei”, afirmou.

Segundo Alyne, assim que a estudante se sentiu ofendida, a professora mudou o tratamento e se corrigiu.

“Eu estava ficando nervosa e acho que eu falei outra vez, mas depois eu não voltei a falar. Ela começou a se exaltar muito, ficava falando coisas ali que não tinham conexão com a condução da aula, com o programa da disciplina”, declarou

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