Aquele que foi sem nunca ter sido…

O governo publicou na edição desta quarta-feira (1º) do Diário Oficial da União o ato que tornou sem efeito a nomeação do professor Carlos Alberto Decotelli para o ministério da Educação. Ele permaneceu no cargo por cinco dias e não chegou sequer a tomar posse, pedindo demissão na terça-feira (30).

Sua nomeação foi publicada na última quinta-feira (25), mas sua permanência no cargo se tornou insustentável depois que instituições de ensino contestaram os títulos que constavam em seu currículo.

Na última segunda-feira (29), ele foi chamado ao Palácio do Planalto para dar explicações ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No dia seguinte, voltou ao Planalto para entregar sua carta de demissão.

O substituto de Decotelli, que começa a ser escolhido nesta quarta-feira (1º), será o quarto ministro da Educação em um ano e meio de governo. O primeiro, Ricardo Vélez Rodriguez, que ficou no cargo por três meses; o segundo, Abraham Weitraub, 14 meses e agora, Decotelli, por cinco dias.

As três principais polêmicas sobre sua formação acadêmica de Decotelli são as seguintes:

*declaração de um título de doutorado na Argentina, que não foi obtido;

*denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);

*pós-doutorado na Alemanha, não realizado.

As titulações estavam declaradas no perfil pessoal de Decotelli na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC).

A plataforma integra dados de currículos, grupos de pesquisa e de instituições em um único sistema. Ela é autodeclaratória – são os próprios pesquisadores que atualizam os dados – e é considerada um padrão nacional para registro da vida acadêmica.

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