CONCURSO BONEQUINHA DO CAFÉ
Conheça umas das últimas vencedoras do concurso Bonequinhas do Café
Texto: Redação | Foto: Divulgação| Adaptação web Sara Loup
Quem tem menos de 50 anos nem imagina o que foram os concursos de Bonequinha do Café, realizados por Frederico Penteado Jr, fundador do Clube 220, em São Paulo. Muito bem articulado, o funcionário público Ico Penteado era bastante prestigiado e fazia sua festa glamourosa em espaços considerados nobres, com a presença de autoridades e famosos.
Uma das últimas Bonequinhas do Café, eleita em 1975, o concurso se encerrou em 1977, com a morte de seu criador, Sílvia Maria Joaquim Batista dos Santos recorda-se, ainda hoje, dos preparativos, das emoções e do ano glorioso que viveu em seguida. “Eu tinha 24 anos, era terceiranista de Direito. Faltavam uns 20 dias para o concurso, quando meu amigo, o cabeleireiro Geraldo, foi à minha casa na Parada Inglesa me convidar a representar o Clube Black do Imirim”, lembra Silvia, que aceitou, estimulada pela mãe, Dona Nenê a Tercides .
“Eram 22 concorrentes, e participamos de uma semana de eventos: jantares, coquetéis, apresentação à imprensa na sede da Cervejaria Antártica, a patrocinadora, e até de um desfile pela cidade, em carro de bombeiros. No dia 13 de maio houve missa na Igreja da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos, no Largo do Paissandu, com a presença do governador Laudo Natel, entre outras autoridades”, conta Silvia que, na noite da festa, no Clube de Regatas Tietê, quase desmaiou de emoção ao ouvir seu nome anunciado como a Bonequinha do Café de 1975.
A repercussão foi enorme. “Fomos ao Rio de Janeiro e recebi flores no Bola Preta e no Clube Renascença, também em todas as entidades negras de São Paulo e em dezenas de cidades do interior. Fui convidada para ser jurada em vários concursos. O ano passou voando. Quando percebi, lá estava eu coroando a Bonequinha do Café seguinte”, finaliza,.
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