Diversidade em alta: modismo ou conquista?

Por: Carla Sohler

Diversidade e Inclusão está muito mais para uma pressão social, grupos minorizados e, consequentemente periféricos (no sentido de estarem à margem), pressionando as estruturas para abrir espaços e se fazer presente, do que uma ação genuína das organizações privadas e públicas. O que está nítido no mundo business é que sem representatividade dentro das organizações, menores as chances de atravessar o tempo e seguir para o futuro. Isso, simplesmente, porque os consumidores irão escolher entres os produtos e serviços nas prateleiras, as marcas com as quais se identificam, em um conjunto de valores, propósito e esforços para a construção contínua de uma cultura mais inclusiva.

O conceito de sustentabilidade, como conhecemos hoje, começou a ser delineado há exatos 50 anos, na Conferência das Nações Unidas, realizada em Estocolmo. A metodologia ESG (sigla que em português significa: Meio Ambiente, Social e Governaça) que tanto se fala desde a publicação da carta de Larry Fink, em 2021, existe desde 2004. Importante ressaltar que, conceitos esses enraizados em grandes corporações há pelo menos três décadas. Mas, porque somente agora, a temática foi integrada ao centro do “jogo”? Principlamente, no que diz respeito ao Social, um entre os três principais pilares da sustentabilidade, sendo dessa vez o caráter filantrópico reduzido e a percepção de consciência social ampliada. Afinal, não é mais aceitável que empresas prosperem sobre sociedades falidas.

A reposta mais objetiva que podemos conceder dentro deste novo cenário é: nós consumidores, principalmente grupos minorizados, avançamos no território, conquistamos espaços e passamos a ter poder de compra. Somos 60+, mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiências, LGBTQIAP+, entre outros. Com isso, também passamos a ditar as novas regras do mercado.

Ainda temos nossos aliados, que nos apoiam e fecham conosco (pais e mães, maridos e esposas, amigos, pessoas brancas etc). Juntos, ficamos ainda mais empoderados.

E que bom que o mundo vem mudando de lugar. Assim, temos #voz preta – Revista Raça, em Cannes através da Agência FCB Brasil e a capa do ano, com Samantha Almeida e Mauricio Rodrigues.

Transformações necessárias para um espaço colaborativo na construção de um futuro melhor para todos.

Carla Sohler – Diversidade, Equidade e Inclusão I EVP I Cultura l Jornalista, Executiva de Marketing, com 20 anos de experiência na área de Comunicação Institucional e de Negócios.

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