Djamila Ribeiro é eleita para Academia de Letras
Votação aconteceu na tarde desta terça-feira (24).
A mestre em filosofia pela Universidade Federal de São Paulo e ativista feminista Djamila Ribeiro foi eleita por votação expressiva à Academia Paulista de Letras, na tarde desta terça-feira (24).
Djamila vai ocupar a cadeira de número 28, o posto antes ocupado pela escritora Lygia Fagundes Telles, que morreu aos 98 anos em 3 de abril.
Djamila compartilhou em seu perfil no Instagram estar muito feliz e honrada com o resultado.
“Agradeço a todos os acadêmicos e acadêmicas que votaram e me deram a oportunidade incrível de ocupar a cadeira que foi da gigante Lygia Fagundes Telles”, disse a filósofa.
História
Nascida em Santos, no litoral paulista, Djamila é hoje uma das principais vozes dos movimentos negro e feminista.
Ela é colunista do jornal Folha de S.Paulo e da revista alemã Der Spiegel, onde destaca a importância de diálogos envolvendo temas como empoderamento feminino, feminismo negro e racismo.
A ativista também faz sucesso na internet. A conta dela no Instagram, por exemplo, tem mais de 1 milhão de seguidores. Suas declarações, na web ou nas colunas que escreve, levantam a discussão sobre como o preconceito funciona na prática.
Djamila é licenciada e mestre em filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), professora e autora de cinco obras, sendo algumas delas: “O que é lugar de fala?”, “Quem tem medo do feminismo negro?” e “Pequeno Manual Antirracista”. Algumas de suas obras foram traduzidas para o francês, o espanhol, o italiano e o alemão.
Premiações
Em 2019, Djamila foi laureada pelo Prêmio Prince Claus, do Reino dos Países Baixos.
A ativista também foi a primeira brasileira a receber o “BET Awards”, concedido pela comunidade negra estadunidense, em 2020, na categoria de impacto social.
Entre outras premiações de Djamila está o Prêmio Jabuti na Categoria Ciências Humanas em 2020 e o “Personalidade do Amanhã”, pelo governo francês, em 2019.
(Por g1 SP)