Documentário Elza Infinita é finalista do New York Film Festivals
O documentário “Elza Infinita” segue sua trajetória de sucesso e acaba de ser escolhido para a fase eliminatória do New York Film Festivals 2022, um dos principais festivais de arte e mídia do mundo. Com direção de Natara Ney e Erika Candido, da Kilomba Produções, o documentário das cineastas negras apresenta um recorte musical da caminhada artística, política e espiritual da cantora Elza Soares, que faleceu em janeiro deste ano. O anúncio final dos trabalhos premiados pelo New York Film Festivals será no dia 26 de abril, em Nova Iorque.
“De toda imensidão que foi este projeto a imagem retida na minha memória é o olhar de Elza. Ao mesmo tempo que é uma benção é também um chamado para a luta. Foram dias intensos, entrevistamos mulheres negras poderosas, ouvi e aprendi com elas, as histórias se entrelaçam. Elza é um prisma multifacetado, cada uma de nós está ali refletida, espelhada”, define Natara Ney.
A Kilomba Produções foi fundada em 2018 com o objetivo de criar e desenvolver conteúdo audiovisual para diversas plataformas. Um dos principais compromissos das realizadoras é fomentar ecossistemas e cadeia produtiva no audiovisual negro. Além da direção das kilombas Natara Ney e Erika Candido, “Elza Infinita” tem roteiro de Dione Carlos e foi exibido no canal GNT e no Globoplay, a partir de uma coprodução com a Sarau Agência.
“Já produzi na correria, mas este projeto superou muitas coisas. Fizemos um filme inteiro em cinco dias de filmagem, em apenas uma locação. Desafio? Temos. Minha primeira direção e estamos já indicadas para um festival tão importante. Não é a premiação que importa, mas a possibilidade de homenagear essa mulher do fim do mundo em todos os mundos”, ressalta Erika Candido.
Outras 30 produções realizadas em parceria com a Globo estão na lista de finalistas do New York Film Festivals 2022. Entre elas a série “Janaínas: Deusas do Mar”, a minissérie “Passaporte para a Liberdade”, as novelas “Quanto mais vida, melhor!” e “Um Lugar ao Sol”, além da série “Sessão de Terapia”.
Diretoras do documentário
Erika Candido, 38 anos
Uma das mais requisitadas produtoras do país, com premiações em Rotterdam, Sundance, Cannes, além dos maiores festivais nacionais. Assina a produção dos filmes “A Vida Invisível”, “O Estopim”, “3 verões”, dos premiados “Kbela” e “Uma Paciência Selvagem me trouxe até aqui”. Fundou a Kilomba para ter um espaço de criação e formação de profissionais negros. Em 2021, foi responsável pela direção de produção do especial “Isso é coisa de preta”, para o canal GNT. Ela também assinou seu primeiro longa-metragem “Elza Infinita”, atualmente disponível no catálogo da Globopay. Erika é carioca e cria de Vicente de Carvalho.
Natara Ney, 54 anos
A primeira formação da cineasta foi no jornalismo, onde desenvolveu o talento para contação de histórias. No audiovisual ela encarou o desafio de montar mais de 20 longas metragens e séries. Recebeu diversos prêmios de montagem com os filmes “Divinas Divas”, “Mistério do Samba” e “Um Outro Ensaio”. Nos últimos anos se dedicou à criação de roteiros e à direção. Em 2022, estreia na direção com dois longas metragens “Cafi” e “Espero que esta te encontre”. Natara é pernambucana de Olinda.