Histórias de viagens pela África
Veja a história de Haroldo Castro que em seu livro “Luzes da África” conta o que viu em suas viagens pela África
TEXTO: Amilton Pinheiro | FOTOS: Haroldo Castro | Adaptação web: David Pereira
“O continente africano era uma lacuna imperdoável na minha carreira de viajólogo. Sempre quis realizar a rota Cidade do Cabo/Cairo, uma viagem que cortasse a África de sul a norte. Conto no livro que a verdadeira inspiração para ir à África ocorreu quando eu estava no deserto do Gobi, na Mongólia”, afirma Haroldo que, além de viajólogo – vem de viajologia, expressão que ele cunhou para designar a ciência e a arte de viajar – exerce outras profissões (todas ligadas às viagens que empreende ao redor do mundo), como jornalista, produtor, diretor de documentários e fotógrafo.
Haroldo, que estudou dois anos de economia, gosta de dizer que sua faculdade vem dessas viagens (ele já visitou 162 países), fonte permanente de conhecimento e vida. “Para qualquer viajante consciente, toda viagem tem este componente de autoconhecimento e isso sempre esteve presente na minha vida desde as viagens da década de 70. Foi por isso que criei a palavra e o conceito de ‘viajologia`, reconhecendo que a viagem é uma escola dinâmica que ensina tudo àquele que está aberto para aprender”, ensina.
Foram 675 horas ao volante, 40 mil km por 18 países do continente africano. Haroldo e seu filho Mikael num veículo Nandi, documentando e se maravilhando com tudo. Cansado dos noticiários internacionais e brasileiros que, em sua maioria, só mostram as desgraças da África, como guerras, fomes, corrupção, doenças e misérias, Haroldo já saiu do Brasil com a intenção de buscar os aspectos positivos daquele lugar, notícias que dignificassem o continente africano. E foi com essa ideia na cabeça que ele conseguiu documentar, em imagens, histórias e vivências, toda fertilidade e vitalidade do povo africano dos lugares pelos quais passou.