Seja por falta de investimento ou por convicção, artistas negros seguem fazendo suas músicas de forma independente ou por meio de pequenas produtoras.
O mercado de música independente segue aquecido e segundo o relatório divulgado no ano passado pela Associação Brasileira da Música Independente (ABMI), “[…] antigamente, gravar era restrito e caro. Ademais, a popularização dos estúdios caseiros e dos meios colaborativos de produção remota facilitaram e baratearam os custos de produção”. Entre os estudos de caso apresentados no relatório está o Laboratório Fantasma, produtora, editora e consultoria fundada em 2009 por Fioti e Emicida.
Neste caminho, nos últimos dias do mês de agosto, MC Lalão do TDS, Fabriccío, Muato e Caio Nunez, lançaram nas principais plataformas de streaming de música e vídeo novos trabalhos, todos independentes ou por pequenas produtoras.
Em alguns casos, o estilo das músicas é tão fluido que não cabe em uma categoria específica. Por certo, a música brasileira vem mudando bastante e a nova música negra, em especial, mostra o quanto o trânsito entre os gêneros é possível.