Marta Sobral fala sobre racismo com jogadoras de basquete nos anos 90

Ex-jogadora de basquete contou que empresas não chamavam negras para campanhas

Durante entrevista para o canal Clube da VIp, no YouTube, a campeã de basquete, Marta Sobral, falou sobre as diferenças de tratamento dadas às suas amigas de seleção brasileira Hortência e Paula.

Sobral jogou como titular pela seleção feminina de basquete  e conquistou medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos de Havana, em 1991 e de prata nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992.

“A gente sabia que existia um preconceito. As empresas, por exemplo,  sempre chamavam elas para fazer as campanhas e nós, as negras, não. Éramos 12 atletas, cinco titulares. Sei do meu valor. Não falo isso para desmerecer, elas têm o  valor delas, mas eu sempre soube que a Paula e a Hortência ganhavam muito dinheiro, e a gente não. Eu fazia o meu contrato e achava que aquilo era suficiente para me manter, manter minha família. Nunca ganhei em dólar como elas ganharam, mas se elas conseguiram, parabéns”, disse.

“A gente que vem da periferia tem história para contar… Não vejo muito espaço para as atletas negras depois que deixam o esporte. As portas só abriram para algumas”, conta a ex-jogadora que aos 57 anos, Marta se mantém financeiramente realizando palestras motivacionais pelo Brasil

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