McDonald’s discrimina negros na China
Um vídeo que circula nas redes sociais tem causado indignação. Nas imagens, um aviso em um restaurante da rede McDonald’s na cidade de Guangzhou, na China, dizia que “pessoas negras não estavam autorizadas a entrar no restaurante” devido ao novo coronavírus. O caso foi denunciado no Twitter pelo perfil Black Livity China.
“Mais uma vez, para aqueles que duvidam que pessoas negras e especialmente africanos na China são alvos, sentimos que é nosso dever compartilhar isso. Uma placa em um restaurante do McDonald’s parece deixar isso perfeitamente claro.”
De acordo com relatos da imprensa internacional e das autoridades de países africanos, em Guangzhou, ao sul da China, a discriminação vem crescendo, motivada por rumores de que os nigerianos que moravam no distrito “Little Africa” da cidade estavam espalhando uma nova onda de infecções por coronavírus. Várias nações africanas apresentaram queixas formais ao governo chinês sobre discriminação contra seus cidadãos. Há relatos de africanos que foram despejados de suas casas e sequer conseguiram um quarto de hotel para dormir.
O consulado dos Estados Unidos recomendou que estadunidenses negros “evitem a zona metropolitana de Guangzhou até segunda ordem”.
A defesa do McDonald’s
Na segunda-feira (13) a McDonald’s Corporation emitiu uma nota, desculpando-se.
“A proibição da entrada de pessoas negras no estabelecimento “não é representativa de nossos valores de inclusão. Aproveitaremos a oportunidade para educar gerentes e funcionários sobre nossos valores, o que inclui servir a todos os membros das comunidades em que operamos”, diz o comunicado, supondo que eles passem por um “exame de temperatura corporal” e tenham um “código QR de saúde” limpo emitido pelo governo local.”
O código QR em questão é gerado por um aplicativo obrigatório para smartphone que avalia os cidadãos chineses sobre sua saúde atual e controla se a circulação deles em locais públicos está permitida
O McDonald’s na China afirma que fechou a unidade temporariamente.