Michelle Obama se posiciona sobre a condenação de Derek Chauvin
Em entrevista à emissora americana de TV, a ex-primeira dama falou a respeito do veredito de Derek Chauvin e Black Lives Matter.
Segundo Michelle, “muitos de nós (negros) ainda vivemos com medo” quando “vamos ao supermercado, ou nos preocupamos em passear com nossos cachorros ou ao permitir a nossos filhos tirar carteira de motorista”, completou.
Chauvin foi condenado por homicídio no episódio de prisão e morte de George Floyd em 25 de maio de 2020. O agora ex-policial pressionou o joelho contra o pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos que estava algemado, por mais de nove minutos. Floyd havia sido acusado de uma nota falsa de US$ 20 para comprar cigarros em um supermercado.
A morte de Floyd, gravada em vídeo, gerou protestos contra o racismo e a brutalidade policial em muitas cidades dos Estados Unidos e ao redor do mundo.
Chauvin foi demitido do cargo e preso.
“Sabemos que, enquanto todos estamos respirando aliviados pelo veredito, ainda há trabalho a ser feito. Não podemos dizer: ‘Ótimo, isso aconteceu, vamos seguir em frente”, disse Michelle.
Questionada se suas filhas, Malia e Sasha, estão dirigindo, Michelle falou sobre sua apreensão como mãe: “Elas estão dirigindo. Mas todas as vezes que elas entram em um carro sozinhas, me preocupo sobre qual suposição está sendo feita por alguém que não sabe tudo sobre elas.”
“Eu, como tantos outros pais de crianças negras…o ato inocente de tirar a carteira de motorista coloca medo em nossos corações”.
Segundo Michelle, “temos que falar mais sobre isso, temos que pedir para as pessoas ouvir mais e para acreditar em nós e para saber que não queremos ficar do lado de fora protestando”.
“Todas esses garotos do Black Lives Matter gostariam de não ter que se preocupar com isso. Eles estão indo às ruas porque precisam. Eles estão querendo fazer as pessoas entender que nós somos cidadãos”.
“E o medo que muitos têm de muitos de nós é irracional e é baseado em uma história que é triste, é sombria e é hora de nós avançarmos”.