Morre Vernon Jordan, ícone da luta pelos direitos humanos nos EUA

Vernon Jordan, conhecido ativista e líder no movimento de direitos civis dos EUA, faleceu em 1º de março, aos 85 anos, de acordo com comunicado da família divulgado pela imprensa americana.

Segundo a notificação, Jordan que cresceu em meio a segregação nos bairros dos EUA, morreu pacificamente cercado de sua esposa e filha, encerrando de forma tranquila a trajetória de grande notoriedade e luta.

A vida do advogado e ativista foi marcada por acontecimentos importantes. Além de ter sido o único estudante negro na Universidade de Indiana em 1957, em 1980 no mesmo estado, ele foi gravemente ferido por um atirador de elite e supremacista branco em um atentado.

O trabalho como ativista de direitos cívicos e toda atuação em Washington e Wall Street, o levaram até a Casa Branca, onde se tornou amigo e conselheiro do então presidente Bill Clinton nos anos 1990, se envolvendo inclusive em situações polêmicas, como o caso de Monica Lewinsky.  

Apesar de nunca ter ocupado um cargo oficial no governo, em 2018 o jornal “Financial Times” o categorizou como “um dos homens mais bem relacionados da América”.

Acostumado com a linha de frente de muito trabalho, Jordan atuou em diversas áreas do Direito até depois dos 80 anos, alternando entre o escritório de advocacia e de lobby internacional Gump Akin de Washington e na empresa de gerenciamento financeiro Lazard de Nova York. 

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