Mulher sofre racismo e agressão em Copacabana/RJ
Após ser registrado o caso na 12ª DP, Laura Brito contou ter sido chamada de ‘macaca’, ‘preta safada’ e ‘neguinha’. Dona da loja foi detida, mas liberada após pagar fiança.
A atendente Laura Brito, que denunciou ter sofrido racismo por uma dona de uma loja de bijuterias em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro, contou mais sobre o episódio e afirmou que se sentiu “um lixo” com as ofensas. A mulher acusada de ser autora das ofensas racistas foi detida em flagrante, mas foi liberada após pagar fiança de R$ 1,5 mil.
“Eu me senti um lixo. Ela falou que eu era uma ‘macaca’, que não precisava das ‘neguices’, que era para eu sair, que eu era uma ‘preta safada’”, afirma Laura.
O caso aconteceu nesta quarta-feira (21). Laura, que tem 28 anos, contou que entrou no estabelecimento para comprar um anel para o marido, quando a comerciante, identificada como Li Chen, de 48 anos, parou em sua frente.
Veja o vídeo:
Laura disse, então, que desviou, mas a mulher continuou a segui-la pelos corredores. Quando foi questioná-la do motivo, a dona da loja respondeu que ela deveria se retirar.
“Eu não quero você e esse tipo de gente na minha loja, ‘neguinha’, eu não quero uma ‘neguinha’ igual a você na minha loja. Sai”, relatou a vítima sobre as ofensas ouvidas.
Laura disse ainda que rebateu a mulher: “Eu estou comprando, eu tenho dinheiro para consumir, não vou te roubar, não vou fazer nada.”
Mesmo assim, segundo ela, a comerciante foi agressiva e insistiu em expulsá-la. Foi aí que teriam começado, inclusive, agressões.
“Me deu dois tapas no braço, pegou a cestinha que estava na minha mão com o meu celular e outras bijuterias, tirou a cestinha de mim, tacou o meu celular no chão. Eu fui saindo da loja pedindo socorro, catando as minhas coisas no chão e ela me ofendendo.”
Clientes e pessoas que passavam pelo estabelecimento viram a vítima chorando e foram cobrar explicações da dona da loja.
A polícia foi acionada e os agentes do 19º BPM (Copacabana) levaram Li Chen para a 12ª DP de Copacabana. Na saída, testemunhas hostilizaram a dona da loja, gritando “racista”.
O caso foi registrado como injúria racial.