Mulheres negras representam 62% das vítimas de feminicídio no Brasil

Anistia Internacional, divulgou dado e relatório anual sobre a situação dos direitos humanos em mais de 150 países. O Brasil, é um dos destaques em relação ao aumento de violência de gêneros.

No primeiro semestre de 2022, quatro mulheres foram mortas por dia no Brasil. Foram 699 feminicídio só até a metade do ano. Em relação ao mesmo período de 2021 houve um aumento de mais de 3%. E quase 11% a mais do que no primeiro semestre de 2019.

A escalada da violência contra a mulher em todo o Brasil é um dos alertas contidos no novo relatório da Anistia Internacional. A organização reúne dados de diferentes fontes sobre assuntos ligados aos direitos humanos e nos números do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, encontrou uma realidade que se agrava ano após ano.

Ana Carolina da Conceição apanhou muitas vezes do marido. A rotina de violência foi encerrada da pior forma possível. Na frente de um dos três filhos dela, Douglas de Carvalho Avellar espancou até a morte a mulher de 27 anos em setembro de 2022. O crime ocorreu em Belfort Roxo, na Baixada Fluminense, RJ. Mas está longe de ser um problema regional.

Coordenadora do Centro de defesa pela Vida, Raquel Narciso, segundo ela esse crime de desprezo e ódio vem crescendo.

” Quando fala de feminicídio, a gente fala de um crime ódio. Que e um crime de desprezo á condição feminina, nos últimos anos teve um aumento desse ódio, é observado um aumento desse ultraconservadorismo em relação a condição feminina” diz Ana Carolina.

O recorte aponta que 62% das mulheres vítimas de feminicídio no país são negras. Em outros pontos do relatório da Anistia Internacional, a violação aos direitos humanos da população negras, sejam homens ou mulheres. E os que mais morre em confrontos com polícia, eventos climáticos extremos. Jurema Weneck, diretoria executiva da anistia, para que haja mudanças nesse quadro é preciso um trabalho envolvendo governo e justiça.

“Jurema fala, na verdade, de que o racismo não foi enfrentado como deve. O sistema de Justiça, Estado e o Governo e o Congresso não interpuseram ferramentas para proteger a vida das pessoas negras. Em 2023 é preciso que se faça diferente para que a gente não repita em 2022 onde o racismo venceu”.

Comentários

Comentários

About Author /

Start typing and press Enter to search

Open chat
Preciso de Ajuda
Olá 👋
Podemos te ajudar?