Mulheres no poder
Conheça a história da ativista Wangari Muta Maathai
Texto: Oswaldo Faustino | Foto: Divulgação | Adaptação web Sara Loup
Com seu ar eternamente jovial e sempre sorridente, a ativista queniana Wangari Muta Maathai, de 70 anos, deixa claro o porquê de ter sido agraciada, em 2004, com o Prêmio Nobel da Paz, por sua incansável luta pelos Direitos Humanos e pelo meio ambiente. Licenciada em Biologia, pela Universidade do Kansas (EUA), doutorou-se e se destacou na liderança contra as políticas favoráveis ao desmatamento em seu país.
Depois de várias prisões pelo regime opressivo do Quênia, assumiu, em 2003, o cargo de vice-ministra do Ambiente, sem arrefecer em seu corajoso combate pela igualdade, pela justiça social e pelo desenvolvimento sustentado. De 1984 a 2004, Wangari Maathai recebeu sete prêmios de expressão internacional. Ao anunciar sua escolha, o Comitê Nobel Norueguês justificou: “Suas formas de ações únicas contribuíram para chamar a atenção para a opressão política, nacional e internacionalmente. Ela serviu como uma inspiração para muitos na luta por direitos democráticos e tem especialmente encorajado as mulheres a melhorar sua situação”.
A mídia internacional tentou massacrá-la após a entrega do Nobel da Paz, quando Wangari declarou que o vírus HIV foi criado artificialmente através da Bioengenharia e lançado no Continente Africano por cientistas ocidentais como arma de destruição de massa para dizimar os negros. Mesmo se não for verdade, essa ‘teoria da conspiração’, como tantas outras, merece uma reflexão.
Mãe de três filhos, ela se divorciou após um processo em que o ex-marido queixou-se de que ao contrário das tradições culturais quenianas Wangari não lhe permitia ter voz ativa na casa, dando sempre o veredito final. O juiz um homem queniano acatou rapidinho
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