Órgão da ONU examinará violência policial no Brasil

O mecanismo independente da ONU sobre racismo e violência das forças de ordem foi estabelecido no final de 2021 e é um dos principais resultados do processo que eclodiu no cenário internacional diante da morte de Floyd, por um policial americano, em 2020. 

Os três peritos do novo órgão —a sul-africana Yvonne Mokgoro, a americana Tracie Keesee e o argentino Juan Méndez— receberam a denúncia contra a polícia brasileira, num documento que revela que os atos na Vila Cruzeiro não são isolados. 

O levantamento aponta que, se a crise na segurança é mais antiga, ela ganhou um novo componente com o discurso de Jair Bolsonaro em defesa da ação da polícia.

A ONU ainda é solicitada a “elaborar uma análise minuciosa da discriminação racial envolvida no massacre, e apresentar medidas para erradicar as causas subjacentes que levam à execução desproporcional de pessoas de ascendência africana pelas forças policiais”.

Outros órgãos

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão ligado a Organização dos Estados Americanos (OEA), condenou a atuação das forças de segurança do Brasil contra negros, ao comentar a operação policial na Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio, que terminou com mais de 20 mortos.

O comunicado publicado nesta quarta-feira (1) também lembrou a morte de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, após uma abordagem de policiais rodoviários federais no município de Umbaúba, no sul do estado de Sergipe.

A CIDH pede que o Estado brasileiro investigue “exaustivamente” esses dois eventos. A comissão também pede punição aos responsáveis e “reparação integral às vítimas e seus familiares”.

No comunicado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos pede prevenção e erradicação de “atos de violência institucional ligados a padrões de discriminação racial contra a população afrodescendente”.

Fonte: G1 e UOL Notícias

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