Paula do BBB terá que depor por racismo e intolerância religiosa
A mineira é autora de uma sequência de falas discriminatórias que deram origem a trend topics negativos para a Globo
A bacharel em direito Paula von Sperling Viana é acusada de racismo e intolerância religiosa. Integrante do BBB 2019, a mineira de 28 anos foi mantida na disputa, mas, assim que deixar o reality da Globo, terá que depor na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) por uma sequência de declarações discriminatórias e de tom preconceituoso.
A ex-miss Agropecuária de Lagoa Santa já estava incomodando o público há mais de um mês com suas falas sobre o cabelo encaracolado, que chamou no ar de “cabelo ruim”. Na sequência lembrou de quando uma amiga foi esfaqueada e ela se surpreendeu ao ver que “o cara era branquinho” e não “um faveladão”, como imaginou que seria o criminoso.
No mês passado, o programa virou trending topics nas redes com as frases “BBB protege racista” e “Basta de racismo no BBB”. Paula se defendeu no ar dizendo ser descendente de negros. “Meu avô era azul”, declarou.
Agora, a concorrente ao prêmio de 1,5 milhões de reais oferecido pela emissora disse ter medo do cientista social Rodrigo França, colega da casa, porque ele “tem contato com esse negócio de Oxum”. Oxum é uma das divindades negras das religiões afro-brasileiras candomblé e umbanda, ligada à fertilidade e à beleza.
O inquérito foi instaurado há um mês mas a investigação foi mantida em sigilo até esta semana. O Decradi diz apenas que as investigações estão em andamento e que a participante terá de depor.