Professora conta como eram os gêmeos, vítimas do prédio que ruiu

“Crianças muito participativas, muito queridas”, assim a professora M.S*. define os gêmeos Wendel e Wener, de 10 anos, vítimas do prédio que pegou e desabou na madrugada de terça-feira (1º) na região central de São Paulo. Eles e a mãe, Selma Almeida da Silva, não conseguiram sair do edifício antes do desabamento.

Os gêmeos estudam na Escola Estadual Marechal Deodoro. Por lá, segundo a professora, estão matriculadas crianças que vivem em outros edifícios ocupados por movimentos sociais. “Temos ao menos dez alunos que moravam ali, mas só os dois ainda não foram localizados”.

A mãe e os dois filhos são considerados vítimas no escombros pelo Corpo de Bombeiros – a corporação evita falar em mortes por enquanto. Além da família, o carregador Ricardo Pinheiro é considerado desaparecido. Ele caiu durante seu resgate, que acontecia quando houve o desabamento do prédio.

“A Selma era muito presente, levava os filhos todos os dias para escola e depois ia trabalhar, na época, ela trabalhava fazendo limpeza”, diz M., que foi professora dos meninos quando estavam no primeiro ano. “Eles já tinham completado 10 anos e um estava no 4º ano e o outro no 5º ano do fundamental. Um tinha mais dificuldade que o outro, mas não brigavam, nem davam problema”.

A professora diz que todos os alunos estão muito abalados com o que ocorreu. “A tristeza é profunda com toda a situação. ”

 

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