Seis anos da morte de Marielle, o que se sabe até hoje?

Seis anos após a morte da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes, investigação ainda falta respoder quem foi o mandato do crime

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, completou 6 anos nesta quinta-feira 14.  Apesar dos avanços recentes nas investigações, a polícia ainda não foi capaz de chegar ao real mandante do crime. A motivação do assassinato também segue em aberto. 

Até o momento, quatro suspeitos foram presos. O último, Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, foi detido no final de fevereiro. Ele é apontado como o responsável por desmanchar o carro utilizado no crime. 

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, outros dois presos, são os principais envolvidos. Eles estão na cadeia desde março de 2019. Lessa é apontado como o autor dos disparos. Queiroz teria sido o motorista do veículo usado no atentado. Os dois são ex-policiais.

Lessa, por sinal, foi expulso da PM do Rio recentemente. Ele foi também condenado a 4 anos e meio de prisão pela ocultação das armas que teriam sido usadas na morte da vereadora. Em grau de recurso, a pena imposta foi aumentada para 5 anos. 

Além de policial, Lessa é sempre citado como um miliciano. Ele é conhecido no meio desde 1992, ano em que começou a se envolver com atividades criminosas, integrando as milícias e outras organizações, como o jogo do bicho. 

Queiroz, por sua vez, é ex-sargento da Polícia Militar. Também foi expulso da corporação em 2015. Após 4 anos preso, ele firmou um acordo de delação premiada para reduzir a sua pena. No relato, ele admitiu que dirigiu o veículo no dia do crime e apontou também a participação do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, no planejamento do assassinato. 

Assim como seus pares, Suel é ex-militar e integrante da milícia. Ele é acusado pelo crime por ter, entre outras coisas, cedido um carro para perseguir Marielle. Ele também ajudou Lessa a esconder e descartar as armas utilizadas no crime. 

Segundo a delação de Queiroz, ele também teria participado de uma tentativa de atentado contra a vereadora, ainda em 2017. Na ocasião, ele dirigia o carro para Ronnie Lessa, mas não teria conseguido emparelhar o carro junto ao táxi que conduzia Marielle. 

Os três envolvidos diretamente no atentado estão presos em penitenciárias federais de segurança máxima e serão julgado pelo Tribunal do Júri. Ainda não há data para os julgamentos. 

Além dos quatro presos citados, outras quatro pessoas também já foram detidas pelo crime.

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