Vereador Cristófaro vira réu por crime de racismo
O vereador Camilo Cristófaro (Avante-SP) virou réu na Justiça de São Paulo por crime de racismo. Em 3 de maio, durante sessão da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Aplicativos na Câmara Municipal, sem saber que o áudio estava aberto, o parlamentar afirmou que “arrumaram e não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?”.
Em julho, ele foi denunciado pelo Ministério Público, que também pede uma indenização por danos morais e perda do cargo público. Para o juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares, que aceitou a denúncia do MP, “há indícios de autoria e prova da materialidade do crime”.
Camilo Cristófaro tem dez dias para apresentar uma defesa por escrito.
Após a repercussão do caso, em maio deste ano, Cristófaro pediu desculpas e disse que cometeu um erro. Em vídeo publicado no Instagram, ao lado de funcionários negros de seu gabinete, ele negou ser racista.
“Nós estávamos brincando e eu fiz uma brincadeira infeliz. Eu nunca fui, não sou e nunca serei racista. Isso aprendi com meu pai, com a minha mãe, minha família e minha origem”, disse ele.
Na sequência do vídeo, quatro funcionários descrevem como é trabalhar com o parlamentar e elogiam as ações sociais dele em comunidades de São Paulo.