Vida longa ao Rei!
23 de outubro de 2020. Nesta data, Edson Arantes do Nascimento o maior esportista do mundo, completa 80 anos de vida. Apesar de polêmicas que envolvem seu nome, o triunfo, talento e relevância ao esporte são negáveis e louváveis. O protagonismo de Pelé fez com que, a partir dele, o mundo mudasse a forma de ver os jogadores e a seleção do Brasil.
Nascido na cidade mineira de Três Corações, Pelé vem de uma família humilde e ainda na infância, ao ver o pai, o ex-jogador José Ramos do Nascimento, o Dondinho, chorar após a derrota da seleção brasileira na final da Copa do Mundo de 1950, o pequeno Edson promete que conquistaria o primeiro Mundial do país.
Seus primeiros passos no esporte foram dados na cidade paulista de Bauru, para onde a família dele se mudou durante sua infância. Lá defendeu várias equipes amadoras de futebol de campo e salão, até que, ao completar 15 anos, foi levado para fazer um teste no Santos. Aprovado, foi contratado em junho de 1956 e começou a defender a equipe da Vila Belmiro.
No Santos, onde logo se tornou uma máquina de gols, garantiu a primeira convocação para a seleção brasileira em 1957 para participar da Copa Roca. As conquistas foram ininterruptas desde então.
Política e racismo
Aos 30 anos, após a conquista do tricampeonato mundial em 1970, no México, Pelé decidiu se aposentar. Justamente quando vivia seu melhor momento da carreira. Sua intenção era continuar jogando pelo Santos, com quem tinha contrato até 1974, mas também queria se arriscar como empresário.
Quando deixou a seleção brasileira, em 1971, Pelé bateu de frente com diversos políticos do regime militar, enfrentou poderosos dirigentes esportivos, como João Havelange, e ainda teve de lidar com racismo de parte da opinião pública, que tomou as dores do governo militar e passou a tentar apresentar Pelé como uma pessoa gananciosa, que havia deixado a seleção brasileira para ganhar dinheiro.
O jornal Cidade de Santos publicou uma série de charges contra Pelé, assinadas por J.C. Lôbo, algumas preconceituosas, apresentando o Rei do Futebol como vendedor de refrigerante no estádio, por exemplo. “Foram muitas charges e comentários racistas. O Pelé, ao querer contribuir para a sociedade como empresário, no fundo a interpretação é essa: o lugar do Pelé é no campo jogando bola, uma maneira de designar o lugar do negro na sociedade”, opinou o historiador José Paulo Florenzano.
Homenagens
“Existe somente um Rei. Feliz 80° aniversário ao incomparável Pelé”, diz a mensagem postada pela FIFA, nas redes sociais.
Atletas de todo o mundo reverenciaram Pelé. Dos astros internacionais, o camaronês Eto’o foi dos primeiros a postar uma homenagem, Maradona, Mbappé, do PSG, também parabenizaram, entre muitos outros.
Recentemente, Pelé aderiu à iniciativa #BlackOutTuesday e publicou, em seu Instagram, uma imagem toda preta em um momento de reflexão contra o racismo. A ideia surgiu após o assassinato de George Floyd, em Minneapolis, nos Estados Unidos.
Salve o Rei!