50 ANOS DA UNIÃO AFRICANA

Saiba mais sobre a União Africana que em 2013 completou 50 anos de existência

 

TEXTO: Daniel Keny e Fernanda Alcântara | FOTO: Divulgação | Adaptação web: David Pereira

50 anos da União Africana | FOTO: Divulgação

50 anos da União Africana | FOTO: Divulgação

A Organização de Unidade Africana (OUA), fundada em 25 de maio de 1963 por iniciativa do imperador da Etiópia, Hailé Selassie, por meio da assinatura da sua Constituição por representantes de 32 governos africanos, completou 50 anos em 2013. Em 9 de julho de 2002, a OUA foi substituída pela União Africana e, hoje, conta com 54 países africanos independentes; em todo continente, apenas Marrocos não pertence à organização.

A presidente Dilma Rousseff participou da cerimônia do Jubileu de Ouro da União Africana, ocorrida na Etiópia. Na ocasião, afirmou que deseja uma cooperação não opressiva com a África, baseada em vantagens mútuas e valores compartilhados. “O Brasil vê o continente africano como irmão e vizinho próximo, temos semelhanças e afinidades profundas. Mais da metade dos quase 200 milhões de brasileiros se reconhece como afrodescendente, e essa descendência é um dos veios mais ricos que forma a nação brasileira”, disse.

A OUA teve papel importante na descolonização da África, não só como grupo de pressão junto à comunidade internacional, mas também fornecendo apoio direto aos movimentos de libertação da África. Na luta contra o apartheid, colaborou com a Organização das Nações Unidas (ONU), onde foram adotadas sanções contra os governos da África do Sul e Rodésia e, na Conferência de Teerã, em 1968, conseguiu formalizar o regime como “crime contra a humanidade”.

A OUA não conseguiu evitar diversos conflitos no continente, e embora o número de guerras esteja em declínio, a situação socioeconômica continua a ser desigual. Por outro lado, ao longo dos últimos 50 anos, os indicadores de desenvolvimento na África – saúde, educação, mortalidade infantil, crescimento econômico, governança – melhoraram consideravelmente. A estabilização política e econômica em muitos países, aliada à descoberta de recursos naturais, como petróleo, gás, cobre, minério de ferro e carvão, entre outros, está atraindo a atenção dos investimentos estrangeiros.

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