A música de Rinaldo Viana

Saiba mais sobre a carreira e a música do cantor Rinaldo Viana

 

TEXTO: Amilton Pinheiro | FOTO: Divulgação | Adaptação web: David Pereira

O cantor Rinaldo Viana | FOTO: Divulgação

O cantor Rinaldo Viana | FOTO: Divulgação

Se você olhar para a carreira de Rinaldo Viana, cantor de música erudita e lírica pop, é difícil acreditar que ele, quando jovem, chegou a montar uma banda de rock. Nesse começo, digamos, de carreira, ele era fã de bandas de heavy metal, de hard rock e de pop como Scorpions, Iron Maiden, Led Zeppelin,Deep Purple e U2. “Cheguei a montar uma banda quando era jovem, mas minha voz não se adequava para aquele tipo de música.

Resolvi mudar de estilo e fui para a música clássica. Mas sempre gostei de escutar rock, pop rock. Acho que por isso fui cantar música lírica pop. Não sou cantor de ópera como muitos pensam”, disse Rinaldo, que foi descoberto no Programa Raul Gil soltando o vozeirão ao lado da cantora Liriel. A dupla já lançou o CD Rinaldo & Liriel the Best of, coletânea com sucessos dos dois primeiros trabalhos, Romance (2001) e Tempo de Amar (2002), que na época (início da crise da indústria fonográfica) chegaram a vender quase um milhão de cópias. “Até hoje as pessoas lembram e cantam as músicas desses nossos dois primeiros CDs. Então decidimos, junto com a gravadora, lançar uma coletânea”.

Em 2005, Rinaldo começou carreira solo ao lançar o CD Amor em Cinco Idiomas. Logo em seguida, veio Vida de Ator, em 2007. As vendas não foram tão expressivas como os dois trabalhos com a cantora Liriel, muito em função da crise da indústria fonográfica, que acabou se consumando. Outro obstáculo que Rinaldo enfrentou (e enfrenta até hoje) é cantar música erudita em um país tragado por canções de massa. “É difícil até divulgar nosso trabalho para a grande imprensa, pois não tem espaço para a música erudita. Mas sou muito insistente e acredito no meu trabalho, por isso, estou até agora nesse ramo. Tenho muita fé em Deus e sei que recebi um dom dele, com minha voz. Estou preparando para o próximo ano um novo CD solo que, talvez, seja de música gospel ou lírica pop”, revela. Rinaldo Viana aprendeu a cantar no coral da Igreja Batista quando era menino, junto com o pai. Foi lá que começou a cultivar a fé em Deus e acreditar que tinha recebido o dom de cantar. “Eu sei que minha voz e minha música servem como instrumento de Deus para tornar as pessoas mais felizes, alegrar seus corações, até curá-las, mas isso é um assunto que, sei, gera polêmica. Creio nisso e não me importo se as pessoas acreditam ou não.” Seus ídolos atuais – como Andrea Bocelli, Jose Carreira, Mario Lanza e, principalmente, Luciano Pavarotti (com o qual ele mais se identifica, inclusive no timbre da voz e no estilo de cantar) passam longe das bandas de rock do tempo de juventude. “Em relação ao preconceito, eu nunca dei bola, pois sei que tenho talento e, como diz o provérbio popular, ‘minha fé remove montanha’.  Tive que aprender a escutar piadas em relação a isso, mas nunca sofri algo mais forte”, diz. Mesmo sendo de uma igreja evangélica, Rinaldo diz que tem amigos de todas as religiões, inclusive de umbanda e candomblé. “Não poderia ser uma pessoa intolerante em relação às outras religiões. Não preciso de religião para me comunicar com Deus. Acho que todas as formas de se aproximar do Pai é válida e precisamos aprender a conviver em harmonia com a fé de qualquer religião”, ensina.

 

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